História do jornalista gonçalense Rujany Martins pode virar documentário
Para virar realidade, projeto precisa ser contemplado pela Lei Paulo Gustavo em São Gonçalo
Por Rodrigo Melo
A vida do ilustre jornalista gonçalense Rujany Martins, 88, pode ser retratada em filme caso o projeto de mini-documentário apresentado à Secretaria de Turismo e Cultura seja contemplado no edital da Lei Paulo Gustavo em São Gonçalo. Os resultados serão anunciados em 26 de dezembro.
O roteiro do filme aborda a trajetória de Rujany desde os tempos da Vila, como era conhecido o marco zero da cidade, período de sua juventude quando fez grandes amigos que marcariam a geração de ouro de São Gonçalo, como Helter Barcellos, Geraldo Lemos, Joaquim Lavoura e todos os lavouristas que viriam a se tornar políticos importantes, entre eles Osmar Leitão, Hairson Monteiro e Geremias de Mattos Fontes, que governou o antigo estado do Rio (1967-1971) e marcou para sempre a vida profissional de Rujany, quando trocou o rádio pela imprensa escrita em O Fluminense.
O minidoc, segundo Helcio Albano, que concebeu o projeto, está estruturado em três fases: a radiofônica, pegando a passagem de Rujany pelas grandes emissoras de rádio, entre elas a Tupi, Guanabara, Federal e Nacional, de 1955 a 1970; a fase no jornal O Fluminense, decisiva para criar a terceira fase abordada, a da experiência como empresário da comunicação em São Gonçalo com O Nosso Jornal de Notícias.
"A vida de Rujany é riquíssima. Cada fase dessa dava um filme. Pouquíssima gente sabe, por exemplo, que ele ajudou a modernizar O Fluminense e a criar a Rádio Fluminense FM, mais tarde Maldita FM, que revolucionou a música jovem no Brasil com o surgimento do Rock Brasil, ou BRock, nos anos 1980, que revelou bandas como Blitz, Paralamas e Legião Urbana. A ideia é contar um pouco da história do Brasil e de São Gonçalo através de Rujany. A realização deste doc é um presente para a cidade e uma justa homenagem ao veterano jornalista", revela Albano.
A grande surpresa do minidoc, claro, está reservada para o final, quando Rujany retorna à sua Vila querida para realizar o sonho de sua vida, que era criar uma empresa de comunicação e um jornal para cobrir a sua cidade e contribuir para seu desenvolvomento.
"Ele encarou a empreitada em 1992 já com quase 60 anos, mas com entusiasmo de garoto. Esse é um traço da personalidade dele, aliás, é um exemplo de longevidade saudável e produtiva. Até hoje, e isso estará no filme. Mas alguma coisa aconteceu no meio caminho obrigando ele a fechar as portas em 2007. O que será que foi?", diz Albano com ar de mistério.
A Lei Paulo Gustavo irá disponibilizar R$ 7,5 milhões para a realização de 329 projetos culturais em São Gonçalo. Foram inscritos, nos seis editais oferecidos, pouco mais de 1.300 projetos.
O minidoc, que terá locações em São Gonçalo, Rio, Brasília e Niterói, tem o roteiro baseado no livro de memórias de Rujany Vi, ouvi, vivi, de quase 70 anos de jornalismo, lançado este ano pela editora Apologia Brasil no Teatro Municipal de São Gonçalo.
A equipe técnica que vai rodar o filme é toda de São Gonçalo. E terá consultoria luxuosíssima do próprio Rujany Martins.
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