Miliciano que ameaçou explodir lojas em Nova Iguaçu é preso

Segundo a Polícia Civil, homem exigia que comerciantes com problemas de documentação deixassem estabelecimentos

Foto: Reprodução

Agentes da 52ª DP (Nova Iguaçu) prenderam, neste domingo (7), Marcelo Feital Joaquim, suspeito de chefiar um grupo de milicianos que ameaçava comerciantes no centro de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense.

Segundo a Polícia Civil, o homem e seus comparsas vinham intimidando trabalhadores da região, principalmente aqueles que não tinham documentação formal dos imóveis, exigindo que deixassem seus estabelecimentos sob grave ameaça. Em uma das ocasiões, Marcelo teria afirmado que caso os comerciantes não o obedecessem, ele explodiria as lojas com quem estivesse dentro.

Na madrugada da última sexta-feira (5), o grupo arrombou imóveis comerciais, roubando todo o estoque de uma das vítimas, que teve um prejuízo estimado em cerca de R$ 100 mil.

Após o crime, o suspeito continuou com ameaças, alegando possuir influência de autoridades policiais e políticas de Nova Iguaçu, assim tentando evitar que os trabalhadores não recorressem aos órgãos de segurança.

No entanto, o delegado da 52ª DP (Centro de Nova Iguaçu), Márcio Esteves, afirmou que duas vítimas procuraram a delegacia após a ação criminosa ocorrida na sexta-feira, e que os agentes iniciaram as buscas pelo bandido.

A corporação também informou que Marcelo já ocupou cargos de assessoria política no município, e utilizava-se de sua rede de contatos e do nome de agentes públicos para "reforçar" as ameaças.

Em nota, a Prefeitura de Nova Iguaçu comunicou que o suspeito foi exonerado do cargo de assessor técnico em novembro de 2024 e que não faz parte do quadro de servidores da cidade.

Com o homem, os policiais apreenderam uma pistola falsa, diversos documentos vinculados à prática de extorsão, receituários médicos da Prefeitura de Nova Iguaçu, medicamentos vencidos e o veículo utilizado pela quadrilha.

As investigações continuam para identificação e captura dos demais integrantes da organização criminosa.

*Com informações O Dia

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