MP pede registros de câmeras usadas por agentes para investigar mortes em ação na Maré
- Jornal Daki
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Família afirma que uma das vítimas era vendedor de queijos, mas polícia diz que ele tinha ligação com criminosos

O Ministério Público do Rio (MPRJ) pediu os registros das câmeras corporais de policiais civis para investigar as mortes de três pessoas em uma operação no Complexo da Maré, Zona Norte. A ação aconteceu no último dia 26, quando agentes estiveram na comunidade para coibir a movimentação de bandidos que fariam um ataque a rivais. Na ocasião, um aluno de 10 anos também foi baleado dentro de uma escola.
O Procedimento Investigatório Criminal (PIC) instaurado pela 1ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal Especializada do Núcleo da Capital, também requereu laudos do local e necropsia, boletins de Atendimento Médico (BAMs), relatórios, termos de declaração e outros documentos já produzidos no inquérito policial. O MP ainda determinou que testemunhas e familiares das vítimas prestem depoimento.
Entre os mortos na operação, está Bruno Paixão, de 36 anos. Familiares afirmam que o homem era vendedor de queijos e doces e que não tinha ligações com o crime organizado. A kombi que era usada por ele para trabalhar ficou com diversas marcas de disparos, segundo parentes. O corpo da vítima foi sepultado na última sexta-feira (28), sob protestos e pedidos por justiça.
Apesar da família negar o envolvimento de Bruno com criminosos, a Polícia Civil afirma que ele estava ao lado de traficantes momentos antes de ser baleado no tiroteio. De acordo com a corporação, imagens capturadas por um drone mostram o rapaz em cima da laje de uma casa, na companhia de um homem que carregava um fuzil. As investigações apontam que a kombi do homem teria sido usada como barricada durante a operação emergencial da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core).
Além dos mortos, o confronto deixou um menino de 10 anos baleado na perna, quando participava de uma atividade externa na Escola Municipal Hélio Smidt. Também na ocasião, uma mulher e uma criança foram feitas reféns por um bandido. Um registro feito por drone mostra que o criminoso arremessa um fuzil para o lado de fora do imóvel cercado por agentes e, em seguida, sai da residência agarrando as vítimas pelo pescoço. Os policiais entraram em luta corporal com agressor e conseguem imobilizá-lo, resgatando a dupla.
Em nota, a Polícia Civil afirmou que "a investigação está em andamento na Delegacia de Homicídios da Capital (DHC) para esclarecer as circunstâncias das três mortes".
*Com informações O Dia
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