Natal: melhor é dar do que receber
- Jornal Daki
- há 1 minuto
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Por Rofa Rogério Araújo

Muitos repetem a frase – e é bem própria dessa época de Natal – “Melhor é dar do que receber” não se atentando sobre o seu sentido e nem de que, na verdade, se trata de um versículo bíblico de Atos 20.35. Significa que, agir com generosidade e altruísmo é mais gratificante e benéfico do que receber ajuda, proporcionando uma felicidade e bem-estar mais profundos ao fazer sem esperar nada em troca.
Essa ideia tem origem em um ensinamento de Jesus, lembrado pelo apóstolo Paulo na citada passagem de Atos, que a utilizou para exortar os cristãos a ajudar os necessitados, pois é um ato que conecta o doador ao propósito divino e o torna uma pessoa melhor.
O ato de doar, de ajudar o próximo, traz uma satisfação e felicidade mais intensa do que simplesmente receber. E esse versículo incentiva “o ser generoso”, o ato de dar aos outros, especialmente aos que deliberamos, sem a expectativa de um retorno imediato ou tangível.
E esse “Melhor dar do que receber” é dito por muitos que tem o prazer de presentear alguém, seja no Natal ou num aniversário, e não espera nada à altura em troca. Se bem que acontece mesmo da pessoa dar um presentão caro, útil e receber uma lembrancinha numa troca dessas de presentes.
Já alguns indivíduos, ao contrário disso, ficam ansiosos em dar, mas esperam o que irão receber. Lembro disso em épocas de “amigo oculto”, quando criança, em que esperava brinquedos e ganhava roupas. Uma vez até chorei com pirraça. Mas, depois, meu avô que havia me tirado, disse que sairia comigo para que escolhesse o presente. Num instante engoli o choro e aproveitei quando saímos e pude escolher o que desejava. Só que criança não tem paciência nenhuma. Se pediu algo até pequeno e de menor valor, mas, ganhou algo muito melhor, não raciocina e chora pensando não ser o que queria. Bem parecido, muitas vezes, de como os seres humanos agem com Deus: Ele concede uma bênção maior do que pediu, mas, por não compreender o “olhar divino”, reclama e pensa que o Senhor não o ama.
Quantos reclamam no fim de ano que nada aconteceu de bom como planejado, mas só lembra do que não deu certo ou foi ruim. E o que de bom ocorreu? Não foi maior do que o de não tão bom? Certamente que sim.
Mas, quanto a esses dias em que lembramos o Natal, é extremamente importante que façamos isso de coração aberto e não querendo relembrar mágoas dos familiares quando os reencontramos na “Ceia natalina”, pois isso não fará bem e ainda por cima somente traz tristeza em remoer o que já passou.
Dessa forma, seja entre entes queridos ou pessoas ao nosso redor, servir e dar ao próximo é visto como um propósito divino, uma forma de serviço e transformar o mundo, conectando o doador a algo maior. Faz bem ao coração e à alma.
A mensagem ressalta que a verdadeira felicidade e bênção estão em compartilhar e não apenas em acumular, sendo um convite para doar tempo, amor, carinho ou recursos.
Como diz o Evangelho de Lucas 2.14: “Glória a Deus nas maiores alturas, e paz na terra entre os homens de boa vontade”. E não existe nada maior que a “boa vontade” de amar ao próximo, independente do que ele nos faça. É algo difícil, mas extremamente prazeroso e que traz uma grande satisfação quando conseguimos realmente colocar em prática.
Que essa época do ano, de Natal, Deus abençoe sua vida e o faça refletir a melhorar cada vez mais em relação às outras pessoas, pois ninguém é tão bom que não possa mudar para muito melhor.
Tenha um tempo de paz, alegria e muito amor interno e para repartir com os seus próximos!
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Rofa Araujo é jornalista, escritor (cronista, contista e poeta), mestre em Estudos Literários (UERJ), professor, palestrante, filósofo e teólogo.

















































