Niterói registra dois casos de racismo na zona sul
- Jornal Daki

- 14 de fev. de 2022
- 2 min de leitura
Crimes ocorreram em junho de 2021 em Santa Rosa e na última quarta (09/02) numa churrascaria de São Francisco
Por Cláudio Figueiras

Duas mulheres, o mesmo pesadelo: o racismo. Uma serventuária da Justiça, de 43 anos, e uma repositora de supermercado, de 23 anos, que não tiveram os nomes divulgados, foram vítimas de racismo e de injúria racial em dois bairros diferentes da zona sul de Niterói.
Numa tradicional churrascaria de São Francisco, uma inocente brincadeira no espaço kids do estabelecimento acabou gerando desentendimentos entre a serventuária e uma mulher, também não identificada, mães de duas crianças de 2 e 10 anos, respectivamente, que usavam o local. O caso ocorreu na noite da última quarta-feira (9) e as informações são do site Enfoco.
Segundo testemunhas, a criança mais velha, uma menina, que aniversariava no dia, provocou a mais nova, um menino, filho da serventuária, que é negra. A mulher chamou a atenção da criança, que relatou à mãe ter sofrido agressão. Um clássico infantil.
A mãe da menina, então, esbraveja impropérios e ofensas contra a serventuária até, finalmente, chamá-la de “macaca piranha”; levando da ofendida depois disso uma piaba bem dada na fuça.
Ainda segundo relatos, mais de 20 pessoas que acompanhavam a injuriante cobriram de socos, pontapés e mais ofensas racistas a serventuária, que precisou ir ser atendida no hospital Niterói Dor com várias escoriações nos lábios, braço e joelho direito.
O caso foi registrado pela serventuária e o marido, um engenheiro naval de 39 anos, na Delegacia de Polícia de Jurujuba (79ª) como lesão corporal e ameaça.
A agressora nega as acusações e diz que contou a sua versão na delegacia de Icaraí (77ª DP).
Já em Santa Rosa, uma jovem de 23 anos, repositora em um supermercado, denunciou ter sido vítima de mesmíssima injúria: ser chamada de macaca por uma de suas colegas de trabalho.
O caso aconteceu em junho do ano passado, foi registrado em boletim de ocorrência em outubro, mas só agora veio à tona também através de reportagem do site Enfoco nesta segunda (14).
Tá fácil não. Racismo é uma praga.
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