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Axel Grael chama capitão na chincha e instala barreiras sanitárias nas divisas de Niterói

Prefeito de Niterói, Axel Grael, criticou cidades vizinhas que não estão se esforçando em combater a pandemia


Por Cláudio Figueiras

Nelson Ruas e Axel Grael/Divulgação
Nelson Ruas e Axel Grael/Divulgação

Depois de encarar um final de semana de protestos contra as medidas restritivas adotadas por Niterói pra conter o avanço da pandemia na cidade, o prefeito Axel Grael (PDT) desabafou contra o pouco empenho dos municípios vizinhos em combater à proliferação do coronavírus na região metropolitana.


As declarações foram feitas ontem (12) em sua live diária no Facebook ao anunciar a implementação de barreiras de contenção ao coronavírus nos principais acessos ao município. As "barricadas sanitárias" serão erguidas a partir desta quarta (14).


E por falar em barricadas, o principal alvo da reclamação do líder máximo da Cidade Sorriso foi o vizinho capitão Nelson Ruas (PL), prefeito de São Gonçalo:


- Cidades vizinhas, como São Gonçalo, não estão implementando medidas restritivas. Isso faz com que os hospitais lá estejam com 100% de ocupação, e essa demanda chegue à nossa cidade. Hoje, 20% dos leitos de Niterói são ocupados por pacientes que vêm de São Gonçalo - disse Grael, citando nominalmente o município.


Um levantamento do Monitora Covid-19, iniciativa da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), aponta que desde março de 2020, Niterói teve mais de 37% de seus leitos ocupados por pacientes de outros municípios, contaminados com a doença. Nas internações em UTI, esse número chega a quase 40%.


Diferentemente de municípios vizinhos como Niterói, Maricá e Rio de Janeiro, que ampliaram as medidas de isolamento social, fechando bares, restaurantes e praias, São Gonçalo preferiu adotar restrições mais brandas ao comércio, que funcionou durante todo o "feriado sanitário" de dez dias na semana da Páscoa.


A única exigência feita pela Prefeitura de São Gonçalo aos comerciantes foi de cumprir horários mais curtos de funcionamento dos estabelecimentos, principalmente bares e restaurantes. Durante o feriado sanitário, porém, vários bares e casas noturnas foram flagrados abertos depois do horário e com aglomeração.


Nos últimos 15 dias, de acordo com os dados compilados das secretarias de Saúde do estado e município, foram 134 mortes gonçalenses registradas, elevando o número total de óbitos para 1.784. E em boletim divulgado ontem pela subsecretaria de Regulação, as vagas de leitos de UTI e CTI estão esgotadas nos hospitais municipais de São Gonçalo.


- Vemos cidades que não estão fazendo nada. Nós temos procurado dialogar com as cidades vizinhas, fizemos ações com o Rio de Janeiro, com Maricá, com Itaguaí. Estamos trocando experiências, ideias e resultados. Mas infelizmente, nem todos fazem o que é preciso. Isso faz com que a nossa estrutura hospitalar seja impactada pelos pacientes que não conseguem vaga em outras cidades e vêm procurar Niterói. Como vamos negar ajuda a uma pessoa que chega na porta de um hospital precisando de atendimento? Isso é muito grave - reforçou o prefeito de Niterói.


As barreiras ficarão localizadas nos pontos mais importantes de acesso ao município, como na divisa com São Gonçalo e na Ponte Rio-Niterói. Nestas barreiras sanitárias será feita a medição de temperatura, que impedirá o acesso de quem apresentar febre, um dos sintomas da Covid-19.




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