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Prefeitura do Rio anuncia o Jaé, Riocard deixará de ser aceito

Fase experimental começa nesta quarta (19) e novo sistema de bilhetagem funcionará apenas no BRT


Modelo do validador do novo sistema de bilhetagem digital - Beth Santos/Prefeitura do Rio
Modelo do validador do novo sistema de bilhetagem digital - Beth Santos/Prefeitura do Rio

A Prefeitura do Rio lançou o Cartão Jaé, um novo sistema de bilhetagem digital que começará a operar, de forma experimental, a partir desta quarta (19) apenas no BRT. Nesta "fase 1", o RioCard continuará sendo usado em outros modais, mas, em fevereiro do ano que vem, ele não será mais aceito nos transportes municipais.

Em novembro deste ano, o Jaé passará a ser utilizado em todos os transportes públicos do município do Rio (ônibus, vans, cabritinhos, VLT e BRT). Chamada de "fase 2", esta etapa prevê a utilização do novo cartão em todos os modais da Prefeitura e, com isso, o usuário não precisará mais do RioCard, apesar do antigo sistema de bilhetagem continuar sendo aceito.


De acordo com o prefeito do Rio, Eduardo Paes, a mudança tem objetivo de dar mais transparência aos dados operacionais dos transportes e possibilitar uma melhora no serviço oferecido. Com o novo sistema, a prefeitura ganha a possibilidade de controlar a rede de transportes municipais, permitindo o melhor planejamento nos locais que precisam de mais viagens dos modais devido ao fluxo de passageiros.



"Com acesso à informação, vamos cobrar cada vez mais o que nós já estamos cobrando, que é qualidade no sistema. Isso também permite que o dinheiro que entra, na hora de cobrar, por exemplo, um ônibus que tem obrigação de ter ar condicionado, não tem, que não cumpriu com a sua quilometragem, não cumpriu com o seu roteiro, a prefeitura trava o repasse daquele percurso", disse.

Eduardo Paes também abordou a falta de clareza nas informações concedidas à prefeitura sobre os modais. "Jaé é transparência, RioCard é caixa-preta. Jaé a prefeitura cuida do dinheiro que é pago, no RioCard as empresas de ônibus é que cuidam. Ou seja, é a raposa cuidando do galinheiro, o que é inaceitável. Nessa transição para um sistema mais transparente, é muito importante que as pessoas comecem a se informar e prestar atenção", destacou.

Já em fevereiro do ano que vem, o Jaé será obrigatório no sistema e o RioCard Mais não será mais aceito pelos modais municipais. No entanto, nesta "fase 3", o passageiro que utiliza os transportes do Governo do Estado terá que andar com os dois cartões. A secretária Municipal de Transportes, Maína Celidonio, explicou como vai funcionar a integração.


"O Jaé vai fazer todas as integrações e todos os benefícios tarifários. O usuário não vai perder nenhum benefício. O passageiro vai pegar o cartão antigo, vai em uma loja da Jaé e pedir para vincular os dois cartões, o municipal e o intermunicipal. Primeiro, ele entra no intermunicipal e vai passar normal o cartão dele, quando entrar no municipal, ele vai passar o RioCard, vai pedir para ele passar o Jaé e depois a catraca é liberada. Ele vai ter dois cartões. É muito simples para o usuário, é uma solução tecnológica que já está funcionando".



Além de Paes e Celidonio, a presidente da MOBI-Rio, Claudia Sacin, também esteve na coletiva de lançamento do novo sistema de bilhetagem eletrônica.


O prefeito ainda destacou a importância dos usuários começarem a trocar seus cartões e não deixar para o fim do período de transição. "Quem puder já ir fazendo, não deixe para a última hora, faz a troca para o Jaé, que passa a ser o sistema oficial da Prefeitura do Rio. O 'caixa-preta' acabou. O que vai funcionar é um sistema transparente, com controle".

Procurada, a RioCard Mais se manifestou sobre a acusação de Paes relacionada à caixa-preta.


"Reafirmamos mais uma vez que não há caixa-preta no sistema de bilhetagem eletrônica e que mantém um fluxo transparente de informações para a Prefeitura. Com os dados encaminhados, o governo municipal dispõe de todas as condições de monitorar, fiscalizar e planejar a mobilidade urbana da cidade do Rio".


Onde adquirir o cartão Jaé


O cartão Jaé pode ser adquirido nas lojas físicas, que já estão em funcionamento, ou nas máquinas de autoatendimento instaladas nas estações do BRT. Até o momento, somente a Alim Pedro, Vila Militar, Gal. Olímpio, Sta. Eugênia e Sta. Veridiana não contam com o equipamento por falta de espaço. Os estabelecimentos ficam na Cidade Nova, Botafogo, Madureira, duas na Barra da Tijuca, Campo Grande e no terminal de Santa Cruz.

"Para retirar o cartão é necessário pagar o valor de uma passagem, que será revertido em créditos no mesmo momento. Além disso, há possibilidade de vincular o cartão a uma conta digital para deixá-lo identificável. Com isso, é possível dispensar o uso do objeto físico e passar pelas catracas utilizando apenas o aplicativo de celular", explicou Maína.

As recargas do cartão podem ser feitas nas lojas físicas, nas máquinas de autoatendimento e também por meio de um aplicativo. "As pessoas vão poder recarregar essa máquina com nota, PIX, cartão de crédito e débito; ou no site e no aplicativo por PIX, cartão ou boleto bancário", disse a secretária.



Expectativa de implementação na Região Metropolitana Ainda de acordo com o prefeito, a Prefeitura do Rio e o Governo do Estado estão conversando sobre a possibilidade de unificar o uso do cartão Jaé. O RioCard vai seguir sendo aceito nos transportes intermunicipais e concessões do estado, como barcas, trem e metrô. "A nossa expectativa é que o caminho do estado seja o caminho da prefeitura. Pretendemos fazer uma licitação também e a gente vai ter um sistema muito mais eficiente, que permita fazer a integração intermunicipal sem precisar usar os dois cartões. Vamos caminhar para essa direção, esse é o mundo ideal aqui na Região Metropolitana".


Em nota, a RioCard se manifestou sobre a mudança na bilhetagem eletrônica. Veja na íntegra:


"A Riocard Mais não vai acabar nem deixar a cidade do Rio de Janeiro. O cartão Riocard Mais continuará sendo aceito em todos os meios de transporte público: ônibus municipais e intermunicipais, trens, barcas, metrô, vans, VLT e, inclusive, BRT. A Riocard reafirma mais uma vez que não há caixa-preta no sistema de bilhetagem eletrônica e que mantém um fluxo transparente de informações para a Prefeitura. Com os dados encaminhados, o governo municipal dispõe de todas as condições de monitorar, fiscalizar e planejar a mobilidade urbana da cidade do Rio, como vem fazendo, desde 17 de fevereiro do ano passado, ao assumir a gestão do sistema BRT com a empresa pública Mobi-Rio. Com relação à validade dos créditos de transporte, a Riocard relembra que não há prazo determinado para o uso dos valores depositados nos cartões, conforme decisão da Justiça de 2019. Os créditos não expiram e pertencem aos passageiros. Mais uma vez a Riocard reafirma o compromisso de colaborar integralmente com a Mobi-Rio nesta etapa de transição da bilhetagem para atender, da melhor maneira possível, seus clientes, evitando transtornos e dificuldades na utilização do cartão Riocard Mais. Sobre a ausência de máquinas de recarga em determinadas estações do BRT, a Riocard esclarece que os equipamentos foram retirados por determinação da Prefeitura para a implementação do sistema de bilhetagem do Jaé. A Riocard é a maior empresa de bilhetagem do país e tem contribuído decisivamente nos últimos 19 anos para a evolução da mobilidade urbana em mais de 40 municípios do Estado do Rio de Janeiro."


*Com informações O Dia


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