Aos bravos heróis e oráculos
- Jornal Daki
- há 6 minutos
- 2 min de leitura
Por D.Freitas

Há cerca de dez anos comecei a lapidar algo em mim, que eu nunca esperei que fosse se tornar algo tão forte em minha personalidade. Alguns falariam que aprenderam a "ser homens" - seja lá o que essa expressão signifique - , outros diriam que aprenderam um ofício importante, mas eu, além das duas coisas citadas anteriormente e mais algumas coisas, aprendi a me cercar de pessoas. Aprendi a conviver com gente diferente de mim, fosse na religião, na política, na classe social, na origem de nascimento... Aprendi a lidar com essas diferenças e a gostar delas. Aprendi a lidar com impasses e personalidades fortes. Aprendi a ouvir e a observar.
Há cerca de dez anos, comecei a agregar pessoas na minha convivência, como família. Alguns eram e são como aqueles primos de segundo grau que ficamos anos sem ver, mas que temos grande apreço e outros eram e ainda são como irmãos nascidos de mães diferentes. Lembro de cada história e levaria anos para eu conseguir contar todas... Lembro de algumas histórias que mesmo em anos eu não teria coragem de contar, mas sei que agora, por fazerem parte da minha história, devo separar um tempo para dizer: obrigado.
Há cerca de dez anos, comecei aprender a dizer "olá" com mais facilidade e me despedir foi se tornando cada vez mais difícil, então acabo levando comigo um pedaço de cada um. Levo comigo cada risada, aventura, aprendizado e camaradagem do primeiro pelotão, onde ingressei na instituição em que sirvo até hoje. Levo comigo cada gota de suor e cada gole de refrigerante da divisão alfa onde trabalhei no saudoso Tubarão da Esquadra. Levo comigo cada um que correu do meu lado durante minha especialização e aperfeiçoamento.
Cito tudo isso porque ainda não aprendi a dizer apenas "adeus" e sinceramente não sei se almejo isso. Sempre existe mais espaço para lembranças vívidas permanentes e sempre haverá espaço para formular novos momentos. Sempre haverá o dia de amanhã fora da rotina, cheio de chegadas e partidas.
Agora, mais uma vez, é hora de partir. Contudo, levo novamente, cada um como parte de mim.
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Davi Freitas (D.Freitas) nasceu em São Gonçalo, cria da cultura gonçalense, desde sempre conviveu com músicos, poetas e escritores. autodidata, aprendeu violão e bateria sozinho e junto com o irmão Lucas Freitas fez algumas apresentações até ter, por motivos profissionais, que mudar de estado. Como escritor, participou, pela Editora Apologia Brasil da Antologia em Tempos Pandêmicos e inicia agora sua trajetória no mundo das crônicas e contos.

















































