Medellín e São Gonçalo: que lições tirar da Colômbia?
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Medellín e São Gonçalo: que lições tirar da Colômbia?

Por Helcio Albano


Os teleféricos em Medellín: lembra algum lugar? Foto: Reprodução
Os teleféricos em Medellín: lembra algum lugar? Foto: Reprodução

Hoje volto a São Gonçalo. Minha querida e sofrida cidade. Volto, porque numa dessas sincronicidades da vida, descobri que dois políticos da terrinha (dep. Dimas Gadelha e o ver. Juliano Freitas, ambos PT) estão em Medellín, Colômbia, conhecendo a experiência vitoriosa daquela que um dia foi a cidade mais violenta do mundo.


E adivinhe o que fez as taxas de violência recuarem, senão ao ideal, mas pelo menos a níveis suportáveis e administráveis? Investimento em infraestrutura, cultura e educação, essas coisas de esquerdista...


Eu sei, eu sei. Cada realidade um diagnóstico e ação diferentes. Mas o principal, que segue um padrão de sucesso adotado em situações semelhantes em vários locais onde o crime reinava, é o investimento massivo em infraestrutura social, inclusão e na reconexão dos territórios marginalizados à cidade. Combinando "mão dura" (repressão) e mão estendida, com essas ações que realmente impactam e fazem a diferença na comunidade.


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O que é feito pelos governos são no fundo escolhas políticas de prioridades. E São Gonçalo escolheu investir prioritariamente em áreas já urbanizadas nos perímetros centrais, e deixar suas periferias à própria sorte. Isso é o que explica - em boa parte - a explosão de barricadas nos últimos anos e o depauperamento do tecido social nas comunidades mais vulneráveis.


E além de estar presente a escolha de prioridades, há também a mentalidade em encarar o problema.


O governo atual, alinhado à direita, acredita que basta a repressão, sobretudo violenta, pra resolver a questão que, mais do que policial, é social.



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Helcio Albano é jornalista e editor-chefe do Jornal Daki.

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