Os segredos do amor
- Jornal Daki

- há 4 horas
- 2 min de leitura
SÃO GONÇALO DE AFETOS
Por Paulinho Freitas

Ela passou pelo jardim deixando as flores invejosas de seu perfume. Cabelos negros e compridos, vestido branco, cinto preto, sapatos de salto alto da mesma cor do cinto, as pernas morenas e bem torneadas despertavam nele a fúria do sexo. Ele desejou um bom dia, ela nem olhou para trás e limitou-se a balbuciar alguma coisa que ele entendeu como “obrigado.”
O céu límpido e aquela brisa da manhã tinham ainda mais beleza ao vê-la caminhar até o carro e sair. Ele segredava às flores todo o amor que por ela sentia e a cada pensamento que tinha sua imagem estava em primeiro plano.
A noite veio acompanhada de estrelas e lua, um vento que espalhava folhas secas pela rua o fazia pensar que estava num outono de Paris, olhando as luzes, tomando vinho e amando aquela mulher que a vida toda desejou ter.
Quando ela chegou não a deixou dizer palavra alguma, a tomou nos braços num beijo longo e cheio de calor, abriu botão por botão de seu vestido enquanto ia beijando suavemente cada pedaço de seu corpo que se desnudava. Deixou-a completamente nua e ficou observando como quem admira um quadro tentando descobrir a alma daquela pintura.
Depois começou a beijar bem devagarzinho seus pés, joelhos, coxas e sorveu o néctar de seu sexo enquanto ela se contorcia de prazer, beijou seu ventre, seus lindos seios, pescoço, olhos, nariz e depois deu-lhe um grande beijo cheio de tesão enquanto seu sexo penetrava o dela.., virou-a de bruços e beijou cada pedacinho de suas costas, suas nádegas, novamente as coxas e pés, penetrou-a novamente como se ela fosse uma égua, com a energia de um garanhão e a suavidade de um pássaro até que ela grunhiu como uma gata num gozo longo e feliz, depois deitou a seu lado sem palavras, ela, com aquele sorriso lindo que fazia qualquer noite virar dia.
Ele terminou o banho, foi para cama, acendeu um cigarro e ficou de seu humilde quartinho olhando as luzes da mansão sendo apagadas uma a uma até chegar ao quarto dela, quando esta se apagou ele sorriu e exclamou baixinho: “Eu te amo!”
Na manhã seguinte lá estava ele com suas flores, quando ela passou para o trabalho, como sempre fazia desejou-lhe um bom dia. Ela estava feliz, virou-se sorrindo, agradeceu e retribuiu o cumprimento. Ele deixou seu corpo cair por entre as rosas, beijou uma e segredou: “Fico feliz em saber que foi bom para ela também, mesmo que ela nem saiba o que aconteceu.”
Não posso culpa-lo. Afinal, quem nunca teve um amor impossível guardado no peito por toda uma vida?
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Paulinho Freitas é sambista, compositor e escritor














































































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