top of page

Viradouro e Imperatriz são favoritas ao título no RJ, diz Aydano Motta

Escolas foram as duas primeiras colocadas do Carnaval carioca em 2023 e chegam fortes na disputa deste ano


Foto: Tata Barreto e Gabriel Monteiro/Riotur
Foto: Tata Barreto e Gabriel Monteiro/Riotur

A Unidos do Viradouro e a Imperatriz Leopoldinense chegam na semana que antecede os desfiles como favoritas ao título de campeã do Carnaval carioca, segundo Aydano André Motta, jornalista e consultor da série documental “Vale o Escrito”, do Globoplay.


Em entrevista à CNN, o autor de livros como “Troféus da Mangueira”, “Maravilhosa e soberana — Histórias da Beija-Flor” e “Onze mulheres incríveis do carnaval carioca” declarou que acredita a Viradouro, atual vice-campeã do Carnaval, se destaca no ranking de favoritismo em função de sua estrutura.



“Todo ano ela será a favorita destacada. É uma máquina de construir Carnaval. Eu já vi o barracão e o barracão é ainda mais bonito do que costuma ser habitualmente”, declarou Aydano.


A escola de Niterói voltou ao Grupo Especial em 2019 e conquistou logo de cara um vice-campeonato. De lá para cá, a Viradouro conquistou um título (2020), um vice-campeonato (2023) e um terceiro lugar (2022), se consolidando como potência na folia carioca.


A Viradouro terá como enredo “Arroboboi, Dangbé”, que busca explorar e mostrar como o culto ao vudum serpente saiu da costa ocidental da África e chegou ao Brasil.



Com desenvolvimento do carnavalesco Tarcisio Zanon, a escola de Niterói vai contar a história das sacerdotisas voduns, mulheres escolhidas e iniciadas em ritos de louvor à serpente sagrada, cujas trajetórias místicas se entrelaçam em combates épicos, camuflagens táticas e resiliência vital.


Imperatriz vem na cola pelo bi


Para Aydano, a Imperatriz segue o mesmo caminho. A escola de Ramos voltou ao Grupo Especial em 2022, conseguiu uma contestada 10ª colocação e foi campeã em 2023.


“A Imperatriz, que está numa estrada Viradouro, seguindo esse caminho da organização, da gestão bem feita, da solidez nos processo, tem o [carnavalesco] Leandro Vieira e vem em segundo, como co-favorita, digamos assim”, afirmou.


O enredo da agremiação para 2024 é “Com a sorte virada pra lua segundo o testamento da cigana Esmeralda”, baseado no folheto “O testamento da cigana Esmeralda”, do cordelista Leandro Gomes de Barros.



A história é ficcional e conta a história de uma cigana para decifrar o mundo dos sonhos, da leitura de mãos, a influência dos astros na vida cotidiana, números de sorte, datas para que coisas boas e ruins acontecem e outras modalidades de previsão de sorte.


Mangueira potencializada por Alcione


Correndo um pouco por fora na visão de Aydano, a Mangueira se fortalece com uma homenagem para Alcione, cantora que íntima relação com a escola e com a comunidade do Morro da Mangueira.


“Outras escolas já foram campeãs com homenagens, mas a escola que é mais profícua em desfiles com homenagem é a Mangueira. São cinco títulos: Braguinha, [Dorival] Caymmi, [Carlos] Drummond [de Andrade], Chico Buarque e Bethânia”, citou Aydano lembrando as taças erguidas pela verde e rosa nos anos de 1984, 1986, 1988, 1998 e 2016.


Pelo fato de Alcione ser ligada à Mangueira, na visão de Aydano, o enredo de 2024 se destaca dos anteriores que renderam título à escola.


“A Alcione é ligada à história da escola. Nos outros, o único que tinha ligação com a Mangueira era o Chico Buarque, que era torcedor. A Alcione está lá a vida inteira, como a Leci Brandão, por exemplo. Ela tem esse tipo de relação com a história e esse é um fator a mais para empoderar os mangueirenses no desfile”, explicou.


A multicampeã do carnaval carioca contará a história da cantora maranhense, partindo da infância e da iniciação musical ainda em São Luís para chegar à sua ligação com a escola verde e rosa.


No tributo, o Mangueira falará sobre a contribuição de Alcione com a sua escola mirim, a Mangueira do Amanhã, da qual ela é fundadora e presidente de honra.


Enredo e samba credenciam a Portela


Após decepcionar no desfile que marcou seu centenário e marcar uma indigesta 10ª colocação, a Portela aposta em uma dupla de jovens carnavalescos para 2024.


Com o enredo “Um defeito de cor”, a escola de Oswaldo Cruz e Madureira parte do livro homônimo da escritora Ana Maria Gonçalves, que conta a história da personagem Kehinde, que é também Luísa Mahin, para contar sua ligação com seu filho, o advogado abolicionista negro Luiz Gama.


O enredo e o samba-enredo da agremiação são as suas principais credenciais na busca pelo 23º título de campeã do Carnaval, na opinião de Aydano.


“A Portela tem um grande samba, tem um enredo belíssimo, candidatíssimo a Estandarte de Ouro de enredo, e a escola tem um chão. A Portela desfila muito bem. O desafio é entrar integralmente na avenida sem ferimentos, sem avarias em alegorias e fantasias”, pontuou o escritor.


“É razoável supor que a Portela vai estar na briga, se não pelo título, pelas primeiras colocações”, defendeu.


*Com informações CNN


Entre no nosso grupo de WhatsApp AQUI

Entre no nosso grupo do Telegram AQUI

 

Ajude a fortalecer nosso jornalismo independente contribuindo com a campanha 'Sou Daki e Apoio' de financiamento coletivo do Jornal Daki. Clique AQUI e contribua.

POLÍTICA

KOTIDIANO

CULTURA

TENDÊNCIAS
& DEBATES

telegram cor.png
bottom of page