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As barcas e as coisas que só ocorrem no Rio de Janeiro

Por Helcio Albano

Foto: Agência Brasil
Foto: Agência Brasil

O serviço das Barcas foi passado para a famigerada CCR em 1998 na esteira da seção RJ da privataria tucana, no finalzinho do governo Marcelo Alencar (PSDB). A Conerj, o romantismo da viagem pelas águas da Guanabara e principalmente as baixas tarifas, desde então são uma saudosa lembrança.


O contrato de 25 anos de concessão dos serviços jamais foi respeitado. A começar pela criação de uma linha que ligasse São Gonçalo ao Rio, que nunca saiu do papel. Agora, a CCR alegando prejuízo operacional crônico, quer meter o pé e a população que se dane.


O governo Castro, que há pelo menos 3 anos conhece o problema, nada fez. Pelo contrário. Deixou a coisa escalar e, agora, pra evitar o caos com a interrupção dos serviços, oferece R$ 750 milhões, a título de indenização, pra prorrogar a concessão por mais 2 anos até a realização de um novo edital. Os "cálculos" para se chegar a esse valor foram feitos pela, talvez, a mais corrupta das autarquias do estado, a Agetransp.



Esse "acordo" é um absurdo tão grande, que MP, TJ e o tribunal fazendário se posicionaram contrários. A Frente Parlamentar em Defesa do Transporte Aquaviário, criada na Alerj, defende uma intervenção no sistema pelo estado. Proposta apoiada pelo MP. O que é - ou seria - o óbvio.


Mas tal atitude escancararia a incompetência da iniciativa privada na gestão dos serviços públicos essenciais, abrindo um precedente perigoso para outras empresas como Enel e Agea.


Transporte, energia e água devem estar nas mãos do estado.


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Helcio Albano é jornalista e editor-chefe do Jornal Daki.


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