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Caso João Pedro: audiência terá acareação entre testemunha e delegado

Adolescente foi morto com um tiro de fuzil, durante uma operação das polícias Civil e Federal no Complexo do Salgueiro, em 2020


Foto: Reprodução/Redes Sociais
Foto: Reprodução/Redes Sociais

A Justiça do Rio marcou uma nova audiência no processo que julga a morte do adolescente João Pedro, morto em casa em 18 de maio de 2020, no Complexo do Salgueiro, São Gonçalo. A defesa dos três policiais civis acusados pelo homicídio e por fraude processual conseguiram um Habeas Corpus para que houvesse uma acareação entre duas testemunhas.


O pedido havia sido negado pela 4ª Vara Criminal da Comarca de São Gonçalo. A audiência, marcada para as 14h30 no Fórum de Alcântara Juíza Patrícia, em São Gonçalo, será a sétima do caso. Os três policiais já foram ouvidos no dia 13 de setembro.


Os advogados dos réus entraram com o HC na segunda instância do poder Judiciário, e a maioria dos desembargadores da Sexta Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio determinou que a acareação fosse realizada, conforme o pedido da defesa. 



A acareação visa esclarecer contradições entre os depoimentos da testemunha Josenildo de Oliveira Alvez, que na delegacia informou que estava trabalhando próximo ao local da morte e teria visto criminosos portando fuzis e, com a chegada da polícia, teria visto os suspeitos fugindo "em direção à mata", e ao ser inquirido em audiência na Justiça negou todas as informações prestadas na delegacia.


O delegado de Polícia Civil Allan Lacerda Duarte, que colheu o termo da testemunha, foi inquirido em audiência do caso e reforçou o depoimento da testemunha, não sabendo informar por qual razão Josenildo teria desmentido as informações em sede judicial.


Três policiais civis da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) são acusados pelo assassinato do adolescente João Pedro, em sua própria casa. Mauro José Gonçalves, Maxwell Gomes Pereira e Fernando Meister são réus por homicídio e fraude processual. O jovem foi morto com um tiro de fuzil, durante uma operação conjunta das polícias Civil e Federal no complexo de favelas de São Gonçalo em 18 de maio de 2020.


A primeira audiência ocorreu em setembro de 2022, dois anos após o crime, quando sete testemunhas de acusação foram ouvidas. Na segunda audiência, estiveram presentes mais duas testemunhas de acusação. 



Na terceira, quatro policiais federais falaram. Na quarta e na quinta, foi a vez de testemunhas de defesa e acusação serem ouvidas, incluindo delegados da Polícia Civil responsáveis pela perícia e pela investigação do crime. Na ocasião, foram ouvidos o delegado Alan Duarte, na época titular da Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo (DHNSG) e responsável pelas investigações, o policial civil Wagner Carvalho, que participou da operação no Complexo do Salgueiro; o subcoordenador da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) Augusto Motta Buch; o perito do Ministério Público do Rio (MPRJ) Márcio Borges Coelho, o delegado de polícia Bruno Cleuder de Melo; e Renata Bressan, promotora que representava o MPRJ na operação.


A expectativa, após o fim do processo, é que o Ministério Público apresente os argumentos finais, assim como a defesa, cabendo à juíza a decisão dos próximos passos. 


Relembre o caso


João Pedro Mattos Pinto, de 14 anos, foi morto durante uma operação conjunta das polícias Federal e Civil no Complexo de favelas do Salgueiro, em São Gonçalo. João brincava em casa com amigos quando, segundo familiares, policiais entraram atirando. O menino foi atingido por um disparo de fuzil na barriga e socorrido de helicóptero, mas não resistiu aos ferimentos.


*Com informações O Dia


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