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Governo Nelson adota 'solução final' para animais de rua

Por Helcio Albano

Foto: Reprodução/Arte Jornal Daki
Foto: Reprodução/Arte Jornal Daki

Bom, se a prefeitura não usou de modo deliberado um expediente nazista para lidar com o problema dos animais abandonados em São Gonçalo, alguém avisa ao capitão, ou ao entorno dele, que a lei aprovada na terça (12), do jeito que tá, dá mó bandeira pra gente entender desse jeito.


Uma medida que visa uma ação tão extrema, que é o uso da eutanásia/sacrifício dos bichanos, não pode ser apresentada de qualquer jeito na casa de leis e ser aprovada a toque de caixa e sem discussão com a sociedade. E mais: aprová-la sem ter um arcabouço legal anterior pronto antes de sua publicação, detalhando os procedimentos do poder público, caso se decida pelo inexorável destino.


A promessa do governo, dita pela boca do vereador Alexandre Gomes (PV), é de que um decreto regulamentando a lei será publicado. Mas vimos hoje na reportagem do Daki que não há previsão pra que isso aconteça tão cedo. E agora, o que fica valendo?



Vale o que tá na lei, que dá aos servidores da prefeitura, a maioria comissionados, o poder absoluto sobre a vida e a morte dos animais de rua apreendidos.


É muito comum em toda a cidade, seja em áreas centrais urbanizadas ou mais afastadas, encontrarmos cavalos e porcos soltos, chefurdando o lixo ou colocando a própria vida e a dos humanos em risco, seja em vias movimentadas ou com alguma ameaça sanitária. Pegá-los, tratá-los, mantê-los em algum local seguro é caro e exige estrutura.


Investir no cuidado ou no abate para resolver o problema é uma escolha.


E isso depende de nossa visão de mundo que diz muito o que somos.


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Helcio Albano é jornalista e editor-chefe do Jornal Daki.

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