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Morador de rua escravizado no RJ recebeu comida dada a porcos

Vítima, de 51 anos, estava em uma criação irregular de suínos, em Nova Iguaçu, e foi resgatada pela Guarda Ambiental do município


Situação encontrada pelos guardas ambientais: insalubre para humanos e animais - Foto: Divulgação
Situação encontrada pelos guardas ambientais: insalubre para humanos e animais - Foto: Divulgação

G1 - Ao ser resgatado na segunda (27) em situação análoga à escravidão, um homem de 51 anos contou à Guarda Ambiental de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, que era morador em situação de rua.


A vítima, que fala pouco, disse que aceitou “trabalhar” na criação irregular de suínos em troca de um abrigo.

No entanto, o preço de ter um teto sobre a cabeça era o de trabalhar de segunda a segunda, não ter banheiro, nem água potável disponível, nem local adequado para dormir, já que o espaço não tinha porta, nem uma das paredes para formar um cômodo completo. Sem remuneração ou ajuda, ele se alimentava da mesma lavagem que dava aos porcos. Esses relatos foram obtidos pela Polícia Civil por meio de testemunhas.



Fiscalização foi ao local duas vezes - A denúncia chegou até a Guarda Ambiental na semana passada. Na quinta (23), homens do grupamento estiveram no espaço, mas não encontraram ninguém. Na segunda (27), eles voltaram e encontraram o homem dormindo no local.


Além do ambiente insalubre para a moradia de uma pessoa, o local também foi condenado para a criação dos porcos, já que era imundo, tinha comida em estado de putrefação, produzia maus-tratos aos animais, fazia o abate de forma ilegal com dispersão de vísceras na margem de um rio com contaminação do solo, entre outras.


Segundo a Polícia Civil, além de regime análogo à escravidão - que consiste em submeter alguém à jornada exaustiva ou sujeitar a condições degradantes de trabalho -, o suspeito poderá responder por crimes ambientais, como poluição do solo e dos recursos hídricos, atividade potencialmente poluidora e maus-tratos aos animais. A investigação está em andamento.


Após o resgate, a vítima e o proprietário do local – que morava próximo ao terreno, em Austin, foram levados para 58ª DP (Posse), onde o dono foi preso em flagrante.


Uma equipe da Secretaria Municipal de Assistência Social (SEMAS) fez o acolhimento da vítima para que ela pudesse receber os primeiros cuidados básicos. A SEMAS irá ainda tentar localizar sua família.


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