Policial civil e PM são alvos de operação contra milícia da Baixada
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Policial civil e PM são alvos de operação contra milícia da Baixada

Jaime Rubem Provençano e Gilmar Carneiro dos Santos foram presos por vazarem informações de ações e ajudar nas atividades da quadrilha

Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

Um policial civil e um militar foram presos, nesta terça-feira (9), em uma ação contra uma milícia de Belford Roxo e Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. A Operação Golden Head prendeu o agente Jaime Rubem Provençano, o PM Gilmar Carneiro dos Santos e outras três pessoas, bem como cumpriu seis mandados de prisão em presídios. As buscas aconteceram nos dois municípios, em Jacarepaguá e Barra da Tijuca, Zona Sudoeste. Dois alvos seguem foragidos. 

A Operação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (Gaeco/MPRJ) foi realizada com apoio das corregedorias da Polícias Civil e Militar e os 13 alvos denunciados à 1ª Vara Especializada em Organização Criminosa por constituição de milícia privada. Entre eles, o agente Jaime, que à época dos crimes era da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), e o PM, conhecido como "Professor Gilmar", então lotado no 39º BPM (Belford Roxo). 


De acordo com o Gaeco, o policial civil e um líder da milícia foram presos nas próprias casas, em Jacarepaguá e na Barra, respectivamente. Diego dos Santos Souza, o "Cabeça de Ouro", tentou fugir pela varanda da residência, mas acabou detido. O MPRJ não informou onde ocorreu a prisão do PM. Os agentes ainda prenderam outros três investigados nesta terça-feira e seis criminosos que já estavam na cadeia. 

As investigações apontam que Jaime e Gilmar vazaram informações sobre ações e apoiavam atividades da quadrilha. O grupo extorquia comerciantes e mototaxistas e há registros de torturas, execuções e disputas territoriais. Os crimes ocorreram nos bairros Wona, Lote XV e Vale das Mangueiras, em Belford Roxo, e Pantanal, em Caxias. A milícia é liderada por Diego e Carlos Adriano Pereira Evaristo, o "Carlinhos da Padaria", que comandava as ações da prisão.


A cobrança era gerenciada por Angelo Adriano de Jesus Guarany, o "Magrinho", responsável por articular a comunicação entre os líderes presos e os cobradores nas ruas. Os promotores reuniram provas sobre a existência de controle financeiro, prestação de contas e ordens transmitidas por mensagens, bem como disputas armadas com rivais, registros de traições, coações de integrantes e planejamento de ataques.


"A investigação se iniciou a partir da análise de dados de aparelhos celulares de alguns denunciados que foram presos em flagrante no início desse ano, quando realizavam extorsão de comerciantes nos bairros Wona e Lote XV (...) Foram analisadas as conversas, identificados os demais integrantes dessa milícia, inclusive um policial civil, que realizava vazamento de operações para os demais integrantes, bem como o policial militar, que se encarregava de invadir determinadas comunidades lideradas pelo tráfico, com a tentativa de executar traficantes de drogas", explicou o promotor de Justiça, Eduardo Fonseca. 

Em nota, a Corregedoria-Geral de Polícia Civil informou que participa com o Ministério Público da operação e que mandados de prisão e busca e apreensão foram cumpridos contra o agente. As diligências estão em andamento. Procurada, a Polícia Militar informou que a Corregedoria da corporação acompanhou a ação que prendeu o PM, atualmente cedido à Secretaria de Governo do Estado. Após a prisão, Gilmar será encaminhado à Unidade Prisional da PM, em Niterói, Região Metropolitana. 


"O policial será submetido a um procedimento administrativo disciplinar, cujo objetivo é avaliar a possibilidade de sua permanência nos quadros da Corporação. O comando da Corporação reitera que não compactua com possíveis desvios de conduta ou com o cometimento de crimes praticados por seus integrantes, punindo com rigor os envolvidos quando os fatos são constatados", completou a PM. 

*Com informações O Dia

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