Rio quer banir uso de celulares nas escolas municipais
Após proibição do uso do aparelho durante as aulas, Secretaria Municipal de Educação do Rio pretende estender a medida para todo horário escolar
Começa nesta segunda (11) a consulta pública que visa a proibição completa do uso de celulares pelos alunos nas escolas municipais do Rio durante todo o horário escolar a partir de 2024. Em agosto, a prefeitura publicou decreto do prefeito Eduardo Paes que proibiu o uso de celulares durante as aulas.
Após quatro meses das novas regras, a prefeitura planeja estender a medida, proibindo o uso de celulares pelos alunos nos recreios e intervalos entre as aulas a partir do início do ano letivo em 2024. Acaba de ser aberta consulta pública para que a sociedade possa opinar e enviar sugestões sobre este tema e as novas restrições, o que seria uma medida inovadora no Brasil. Os interessados em participar podem acessar o site educacao.prefeitura.rio/consulta e enviar sua participação até 10 de janeiro.
O banimento total está em consonância com o Relatório de Monitoramento Global da Educação 2023 da UNESCO, que aponta que o uso irrestrito dos aparelhos celulares prejudica a aprendizagem, a concentração e a saúde das crianças.
O estudo da UNESCO indica que o tempo de exposição à tela pode afetar de forma negativa o autocontrole, a estabilidade emocional, causando ansiedade e depressão nas crianças. O uso dos celulares já é proibido em diferentes países, entre eles França, Austrália, Itália e alguns estados norte-americanos, como Flórida e Utah. Recentemente, Holanda e Inglaterra também anunciaram que vão aderir à proibição.
Para o consultor voluntário desta ação, o pediatra Daniel Becker, “essa medida, de fato, coloca a cidade do Rio de Janeiro na vanguarda de uma discussão que está sendo adotada pelos países mais avançados em educação”. Ele acrescenta: “Eu tenho certeza de que o movimento que está começando pelo Rio vai se espalhar pelo Brasil e nós vamos ser liderança mundial.” Becker afirma que “a consulta pública vai trazer uma contribuição muito importante das famílias e principalmente dos educadores, que vivem esse problema no seu
dia a dia”.
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