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Saberes Cotidianos

Por Hélida Gmeiner

Praça da República - São Paulo/Foto: Agência Brasil
Praça da República - São Paulo/Foto: Agência Brasil

As últimas semanas foram muito recheadas de notícias fortes, dolorosas e que demandam um engajamento político intenso para educadores e educadoras. Infelizmente, tal realidade permanece impregnando nosso dia-a-dia.


Ao mesmo tempo, o mês de abril carrega uma carga histórico-social importante, por ser um mês repleto de datas comemorativas relevantes. Pipocam tanto práticas, como debates e reflexões acerca do papel da efeméride na educação. Um debate, para mim, ainda muito necessário e conflituoso.


Diante dessas duas situações sérias e necessárias, mas também desgastantes, angustiantes e até polêmicas, decidi optar por declinar de ambos os temas. E falar de uma questão que me é cara, e que precisa de atenção no campo da Educação.


Os saberes cotidianos que são construídos na escola, por educadoras e educadores, através de lições, invisibilizadas, na maioria das vezes. São saberes praticados, mas poucas vezes valorizados, o bastante, para ser considerado teoria. Mas são.



Do que estou falando exatamente? Daquilo que Paulo Freire chamava de pesquisar a própria prática e aprender com ela. Enquanto pesquisador ou pesquisadora do seu próprio fazer cotidiano, assim como o que ouve e vê de seus pares, e aprender com eles. Um aprendizado diferente do aprendido na Academia.


Pensa naquela atividade que deu muito certo, com detalhes que foram elaborados para determinado fim e que às vezes extrapola o planejado, e aí ensina também o professor ou professora. São esses saberes que me interessam no momento, porque acredito na potência do fazer pedagógico e na prática como elaboradora de uma teoria consistente, que envolve um movimento muito bonito, nomeado por Regina Leite Garcia como prática-teoria-prática. Ou seja, fazer, pensar teoricamente e fazer com consciência teórica.


Esse texto quer te provocar, educador ou educadora. Quer te fazer também um convite: pare agora e tente lembrar de alguma situação que aconteceu nas suas aulas, que te levou a debruçar-se sobre ela e pensar. O que aprendeu? Que lição levou, conscientemente, para a prática depois desse movimento?


Gostaria de escrever sobre ela e nos contar? Me envie um e-mail com ela! Podemos conversar sobre e trazer sua história para a essa coluna Daki da Educação! Se quiser envie para o e-mail do Coletivo ELA! coletivoelasg@gmail.com


A partir de junho as histórias recebidas começarão a ser publicadas aqui.


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Hélida Gmeiner Matta é professora da Educação Básica da rede pública. Pedagoga, Especialista em alfabetização dos alunos das classes populares, Mestre em Educação em Processos Formativos e Desigualdades Sociais e membra do Coletivo ELA – Educação Liberdade para Aprender.


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