Usando bem as 'Três peneiras de Sócrates'

Por Rofa Araújo 

Reprodução

Em nosso dia a dia não existe algo mais contextualizado do que a utilização das famosas “Três Peneiras de Sócrates”. E o que seria essa alusão feita pelo grande pensador e filósofo da Grécia Antiga. 

É um método de reflexão também conhecida como “Peneiras da Sabedoria” para avaliar a verdade, a espera e a utilidade de algo antes de comunicamos ou fazemos. são uma ferramenta para filtrar o que comunicamos, seja em conversas ou em ações. A ideia é que, antes de falar ou agir, devemos questionar: 

A primeira, a Peneira da Verdade: é a informação verdadeira? É importante verificar a precisão da informação. Se a informação não for verdadeira ou não é comprovada, deve-se questioná-la ou, preferencialmente, descartá-la. E as fake News estão aí para nos deixar mentir quanto aos seus males à solta nas redes sociais e em qualquer parte por aí afora.

A segunda, a Peneira da Bondade: é uma informação boa e benéfica? A informação é benéfica? Ela contribui para o bem-estar das pessoas envolvidas ou prejudiciais? Se uma informação causa mal, deve-se evitar a transmissão. Por que passar adianta algo que não fará bem a alguém ou pode até mesmo ser um malefício para a vida de alguma pessoa?

A terceira, a Peneira da Utilidade: é uma informação útil e necessária? Ela tem um propósito, agrega valor ou tem alguma importância? Se uma informação é inútil ou redundante, é melhor não compartilhar. Que inutilidade teremos se repassamos uma notícia que não agrega valor algum a ninguém?

Ao aplicar as três peneiras, podemos evitar a propagação de mentiras e conteúdo sobre o que nem sabemos de sua veracidade e focar em informações verdadeiras, benéficas e úteis. 

Essa reflexão nos ajuda a ter mais cuidado e responsabilidade ao comunicar, tanto em nosso ambiente de trabalho quanto em nossa vida pessoal. Será uma grande contribuição para a sociedade e que transformará o mundo como um todo. 

E quantos temos visto isso hoje em dia! São fofocas para todo lado: na escola, trabalho e ente familiares. É cada história absurda que parece mentir, mas é verdade ou vice-versa. E tudo fica confuso porque é de tão misturadas, as informações não parecem por si só serem verídicas ou não. Simplesmente é preciso mais critérios e bom senso e não somente o repassar o que nem sabemos de onde vem e muito menos se tem fundamento ou não. Se não podemos ser cúmplices até mesmo de um crime sem nos darmos conta.

Moral da história: Se as pessoas usassem desses critérios, seriam mais felizes e usariam seus esforços e talentos em outras atividades, antes de obedecer ao impulso de simplesmente passá-los adiante.

Vamos cada vez mais utilizarmos as “Três peneiras de Sócrates” e usamos sempre a verdade nada além da mais ura verdade como se estivéssemos no juramento de um tribunal; a bondade, no “sermos bons” em tudo que fazemos e não maus sem a menor necessidade para a ninguém prejudicar; e a utilidade para não perdermos tempos com futilidades nem inutilidades que nada valem e nada servem a para nossa vida ou do nosso próximo.

Use as “Três peneiras da sabedoria” e viva muito melhor consigo mesmo e na convivência em paz na sociedade para benefício de todos.  

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Rofa Araujo é jornalista, escritor (cronista, contista e poeta), mestre em Estudos Literários (UERJ), professor, palestrante, filósofo e teólogo.