A amizade nos ditos populares do mundo

Por Rofa Rogério Araújo 

O amigo da onça/Reprodução

O dia 20 de julho é celebrado o “Dia do Amigo”, uma data comemorada para homenagear a amizade em vários países, incluindo o Brasil. A data foi criada na Argentina e se espalhou por outros países, sendo popularmente adotada aqui em nosso país. 

A história da data remonta ao país vizinho argentino, onde o professor de psicologia e filósofo, Enrique Ernesto Febbraro, teve a ideia de criar o “Dia do Amigo” inspirado pela chegada do homem à Lua em 20 de julho de 1969. Ele via essa conquista como um momento de união e amizade entre as pessoas, e propôs a celebração da data para fortalecer os laços de amizade. 

No Brasil, a data é uma data popular para celebrar e demonstrar carinho aos amigos, com mensagens, presentes e momentos especiais compartilhados. É um momento para lembrar da importância da amizade em nossas vidas e fortalecer os laços com aqueles que tornam a jornada mais leve e significativa. 

E o que diz os ditos populares sobre a amizade e que muito nos levava à reflexão?  Um provérbio inglês diz: “Não há pior inimigo que um falso amigo”. E não é verdade? Imaginem só aquele “amigo da onça”. Parece, mas não é um amigo de verdade. Falsidade é algo terrível na vida.

E próximo dessa ideia está um provérbio popular: “Nunca foi um bom amigo quem por pouco quebrou a amizade”. Quantas “quebras de amizade” observamos quando há falta de empatia e demonstração da mais pura e dos laços mais fraternos que são desfeitos por pura falta de atenção ou total abandono do seu real sentido.

Um ditado latino, vale bastante: “Censura teus amigos na intimidade e elogia-os em público”. Essa história de brincadeira fora de hora não está com nada. No coletivo não devemos envergonhar ninguém ainda mais nossos amigos. Já no privado sim. Podemos e devemos alertar sobre algo para que possa melhorar como pessoa ou em suas atitudes.

Já um lindo dito popular chinês fala o seguinte: “Árvore plantada com amor ninguém derruba. Uma verdadeira amizade também. Quem planta árvores cria raízes. Quem cultiva amizades também”. Quantas amizades são plantadas lá na infância e que permanece por toda a vida? São aquelas que possuem raízes profundas capazes de perdurar por uma existência de ambas as vidas. São tão valiosas esse tipo de amigos que tem o tempo é capaz de apagar.  

Um ditado italiano: “Amigos são como estrelas, nem sempre você os vê, mas sabe que eles estão lá.” Destaca a presença constante dos amigos mesmo quando não estão fisicamente presentes. Ainda mais naqueles que não moram próximos ou em tempos de amizade on-line. É possível ter amigos assim a distância desde que haja dedicação e atenção.

Um adágio francês, diz: “Amigos são a família que escolhemos", enfatizando o poder da amizade em formar laços semelhantes aos da família”. Quantos amigos são “mais chegados que irmãos”, como diz, também, a passagem bíblica de Provérbios 18.24? Pessoas que se tornam até mesmo mais próximas que algum familiar. 

Um ditado espanhol fala: “Um amigo é um presente que você dá a si mesmo.” Ele reconhece a importância da amizade para o bem-estar emocional e que traz muito prazer ao coração de quem recebe essa amizade e que a compartilha mutuamente.

E, encerrando, com um provérbio nigeriano, bem verídico: “Segure um verdadeiro amigo com ambas as mãos”. Como é algo raro, que não conseguimos mais do os dedos de apenas uma única mão, é preciso segurar e manter para uma vida inteira para todo nosso bem.

Então, seja celebrado com ditos populares pelo mundo, não deixe nunca que reverenciar e agradecer a Deus por todos os seus amigos sinceros que já teve no passado, tem no presente e terá no futuro. Ou como citamos, quiçá para o resto de sua vida, desde que conheceu uma “amizade eterna até que a morte os separe”, parafraseando famosa frase utilizada em casamento.  

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Rofa Araujo é jornalista, escritor (cronista, contista e poeta), mestre em Estudos Literários (UERJ), professor, palestrante, filósofo e teólogo.