Nenhuma pesquisa quis saber se o povo gostou das ações da PF
- Jornal Daki
- há 14 minutos
- 2 min de leitura
Por Helcio Albano
Há algumas semanas o povo foi ao delírio com a matança do Castro no Alemão e na Penha. A chacina - com gostinho de vingança - virou a panaceia de todos os males da insegurança pública no país.
Onde se ia, da padaria ao barbeiro, no coletivo ou no uber, o cheiro de sangue tomava conta. E o que se ouvia era: mata, mata, mata! Tem que matar! Não importa se "ganso" ou traficante.
Esse é o nível de irracionalidade ao qual chegamos. Porque pro desespero virar ódio saciado, basta um gatilho de cano fumegante bem apontado, e: fogo! Está feita a "justiça". E a esquerda "defensora de bandido" que lute!
Mas pros reais defensores dos verdadeiros bandidos - curiosamente todos da direita, do centrão e bolsonaristas - nada pega.
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Em 2 meses, com duas operações distintas, a polícia esfregou na cara da sociedade onde está e quem comanda o crime organizado. Ele é operado na Faria Lima, através de bancos e fintechs. E o dinheiro, por exemplo, lavado em postos de combustíveis e farmácias controlados por facções.
Tudo isso resultado dessa estranha mania petista de ser republicano e deixar a Polícia fazer o seu trabalho. Mesmo que isso tenha ferrado o partido uma vez com a Lava Jato, vergonhosamente instrumentalizada por Moro e Cia. em Curitiba. Aliás, alguém viu o Ramagem por aí?
Bilhões de reais e jatinhos apreendidos, ricaços presos. Sem dar um tiro.
Nenhuma pesquisa pra fotografar a satisfação do povo.
Nenhuma cobertura espetacular nas tvs. Silêncio nas redes sociais.
Enquanto, na surdina, a bandidagem atua no Congresso pra enfraquecer a Polícia Federal.
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Helcio Albano é jornalista e editor-chefe do Jornal Daki.
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