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A utilização do Ciclo de Deming para Melhoria da Gestão, por Oswaldo Mendes


Divisão de macrozonas proposta no Plano Diretor de São Gonçalo/Divulgação
Divisão de macrozonas proposta no Plano Diretor de São Gonçalo/Divulgação

Quando se fala sobre Gestão, as suas técnicas advém, na sua grande maioria, dos idos da última Guerra Mundial. Períodos de crise são logicamente de altos sofrimentos para a Humanidade, mas também uma chance de crescimento, inclusive tecnológico.


Deveríamos ter aprendidos sobre o Fascismo e todo o mal que fez à Terra, sobre a Supremacia sobre Raças, sobre o Holocausto, porém muitos ainda batem nessa triste tecla da história dos seres inteligentes: Os Humanos.


Não se pode deixar de fora disso a religião quando utilizada para o mal e para isso as Cruzadas deveriam nos ensinar.


Passa muito longe dessa massa de gente o contido na Bíblia Católica em João 13:34 e continuo na crença que ainda estamos afastados das ideias de grandes pensadores humanistas que habitaram a Terra.


Quem não teve a chance de ler Fernando Pessoa em seus heterômios, sugiro que o façam antes que seja proibido e suas obras aqui destruídas, queimadas.


Numa passagem o autor apresenta que existe no Universo três tipos de objetos: as estrelas – que produzem energia para si e a outrem; os planetas e satélites, como a Lua – os quais recebem energia advinda das estrelas, absorvem uma parte e refletem outra, sendo que é variável de planeta para planeta este nível de absorção ou reflexão; e os buracos negros – sistemas que não tem luz própria e seja qual for a intensidade de energia dispensada será totalmente absorvida, nada reflete.


Há sempre o equilíbrio: o Yn e Yang. O bem e o mal. O dia e a noite. O amor e o ódio.

“Seria o acima contido também definido em Mateus 7:6? Na natureza nada se cria. Tudo se transforma”. Lavousier. Poderia citar outros pensadores e livros, mas no momento consideramos adequado estes.

Outra Teoria que se tem é que a Natureza, a qual se tem diversas denominações, seja por nesciência, crenças ou interesses, semeia poucas estrelas e buracos negros, mas muitos planetas - isso também pode fazer comparativos com pessoas. Como sabemos, todos são temporais, ou seja, tem um tempo de vida, mas muito além, se em solo quanto mais fértil tem maior chance de crescer e repercutir sua razão e Missão de vida, o qual na verdade é um pleonasmo.


Uma humano nascida no Primeiro Mundo, numa família abastada e culta tem mais chances de alcançar a maior idade do que num país de Terceiro Mundo, pobre, favelado. Caso duvidem leiam a história do Padre Landell de Moura, um dos descobridores do rádio e um desconhecido na sua pátria mãe, mas o Povo, à época, o chamava de bruxo. O meio não o ajudava.


Os EUA caçam esses cérebros que estão por toda a parte do Mundo e tenta lá mantê-los trabalhando em suas pesquisas, com meios e estrutura.


No Brasil os denomina de “parasitas”. As Universidades particulares, em sua quase totalidade, não fazem pesquisas, assim os Pesquisadores – chamados popularmente de cientistas – estão dentro de Universidades Públicas – Mestres e Doutores – com Mestrados e Doutorados, respectivamente. Há uma tentativa histórica de se desvalorizar a coisa pública e depois vendê-la a preço de banana a iniciativa privada a qual tem objetivos diferentes da empresa pública: um tenta o lucro social e outro o lucro financeiro. Qual empresa privada se preocuparia em vacinar crianças em favelas ou mesmo saneamento básico?


Notem que para os cemitérios privados a violência é lucro, assim como presídios privados os presos seriam não mais pessoas e sim objeto do lucro - mercadoria. Quanto mais preso, melhor.


Essa visão pode ser levada para macrocosmos ou microcosmos. Para um país ou uma cidade, porém há uma coisa denominada “bloqueio de paradigma” a qual todos estamos presos.

As quebras de paradigmas acontecem quando há mudança de tecnologia, alteração de mercados e alteração de insumos. Quando um paradigma se quebra, entramos automaticamente em outro, sendo que há pessoas que permanecem no paradigma anterior, isto pode ser facilmente atualmente visto com a afirmação da Terra Plana e também da existência do Teocentrismo.


Mas seja lá qual for seu sistema deve ser acompanhado por um plano. Um planejamento, pois como já citaram: “quando se navega sem destino nenhum vento é favorável", Seneca.


Como é difícil a arte de decidir, de escolher, de buscar o melhor. Há diversas variáveis sócio-politicas em jogo que interferem, mas sem uma boa escolha, avaliação crítica e gerenciamento isonômico não há como crescer. O momento mágico de saber escolher entre o joio e o trigo.


Retorno aqui com o Deming – que intitulam-o como o desenvolvedor do PDCA – Planejar, Implementar, Checar e Agir Corretivamente, se possível. A verdade o criador deste ciclo foi seu Professor, o Shewhart, mas a história o esqueceu.


O grande problema é que as pessoas não gostam de ser avaliadas e para avaliar tem que ter algo como referência - indicadores, ou seja, o que não se mede não se gerencia, muito citado pelo próprio Deming e outro patrono da Qualidade – Peter Drucker. Notem que escrevo matérias sobre 1950 a 1980. Já com relação ao Meio Ambiente são temáticas desde 1972, na Conferência de Estocolmo, ou seja, nada é novidade.


No livro “A Arte da Guerra”, de Sun Tzu a estratégia é básica, assim como no livro de cabeceira de muitos, “O Príncipe”, de Nickolas Maquiavel.


O Plano Diretor da cidade deveria ser um documento a ser seguido e respeitado. As avaliações críticas para proposições de melhorias deveriam ser anotadas, analisadas e discutidas. PDCA implementado e um novo ciclo de Gestão a recomeçar.


O primeiro Plano Diretor da cidade de São Gonçalo, após um ano de discussão, reuniões entre a população, UERJ e técnicos interessados no assunto, inclusive com o pessoal da extinta ONG AMASG, dentre eles o Valdo Barros, UNIBAIRROS e o pessoal da ONG Nosso Pedaço - já sem Zé Carlos Vasconcellos, o Poder Público Municipal contratou uma empresa e empurrou um “pacotão de goela abaixo, sem nenhuma participação popular e ninguém sabendo quem e como fizeram, esse ser considerado como nosso Plano Diretor morreu, como disposto no artigo 118 da Lei Complementar nº 01/2009, https://leismunicipais.com.br/plano-diretor-sao-goncalo-rj


Lembremo-nos que temos vinte e sete atuando no Legislativo Municipal, escolhidos pelo Povo, os quais têm como função Legislar e Fiscalizar.


Nessa nau, pouquíssimos vão a encontro dos anseios e necessidades do Povo, mantendo inclusive incomunicáveis por anos, com exceção do Comandante e alguns do Legislativo - que se expõem, mas logo esses diversos omissos e silenciosos religarão seus celulares para a próxima eleição ou um novo cargo. A maioria sequer mora na cidade e inclusive alguns se os deixarem nas “Quebradas”, “Coió”, “Meia Noite” não saberão voltar aos seus lindos lares. Não conhecem nada da cidade.


Com o passado e a história devemos analisar e aprender.


Agora é adotar nova postura, avaliar e agir corretivamente, pois no paradigma que vivemos, não há como fazer Gestão sem um Plano.

Oswaldo Mendes é engenheiro.



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