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Cigarras ou formigas? - por Rofa Araújo


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Existe uma fábula de La Fontaine sobre uma cigarra que cantarolava toda alegre pela natureza afora sem a preocupação de preparar-se para os dias de inverno. Ao chegar essa época, deparou-se com tristes dias, sem ter nada para comer.


Resolveu, então, bater à porta de Dona Formiga e pedir sua ajuda. Ela a indagou:


- O que foi que fizeste durante todo o verão?


A cigarra, muito sem graça, respondeu:


- Bem... eu cantava noite e dia, a qualquer hora.


A formiga replicou:


- Oh! Mas que beleza! – provocou a formiga.


- Pois se antes cantavas, agora poderás dançar o quanto quiseres!


Moral da história: Os que não pensam no dia de amanhã, pagam sempre um alto preço por sua imprevidência.


A cigarra é um bichinho adorável. Está sempre alegre ao amanhecer ou mesmo ao entardecer. Sua beleza chama muita atenção. Por onde passa. Canta, dança, como se a vida fosse apenas assim. Já a formiga é um animal até feio de aparência, mas trabalhadora, compromissada com sua comunidade, unida e sempre trabalha em equipe.


Salomão diz em Provérbios 6.6: “Vai ter com a formiga, ó preguiçoso: olha para os seus caminhos, e sê sábio”. Um exemplo para seguirmos adiante na “marcha da vida”, de maneira incansável.


Não seja cigarra onde tudo está bom, tudo é festa, pois a beleza de seu exterior é o que mais importa. Seja formiga que está no caminho certo da vida e buscando o crescimento pelo esforço do trabalho.


Viva bem sempre, das brincadeiras de criança, passando pela adolescência e juventude, chegando à fase adulta e à velhice. Quem não a vive bem, desperdiça boa parte de sua existência. E o tempo não volta atrás...

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Rofa Araujo é jornalista, escritor (cronista, contista e poeta), mestre em Estudos Literários (UERJ), professor, palestrante, filósofo e teólogo.


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