A ponte para o futuro do bolsonarismo
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A ponte para o futuro do bolsonarismo

Por Helcio Albano


O bozo dando a medalha de imbrochável ao Kast/Foto: Agência AB
O bozo dando a medalha de imbrochável ao Kast/Foto: Agência AB

O ultradireitista Kast venceu no Chile. E deixou a latinoamérica com tons ainda mais azuis. Neste caso, em azul meia-noite, seu tom mais escuro.


Depois da onda bolsonaro nesse trópico, todo país tem um ser equivalente. Os espécimes dessa estirpe ideológica vão de Milei (Argentina), Camacho (Bolívia), María Corina Machado (Venezuela) e ele, José Antonio Kast, eleito no último domingo (14), com 58% da preferência do eleitorado ante a comunista e situacionista Jeannette Jara (42%).


O que o novo presidente chileno - eleito no 2º turno - tem de semelhante com o coisa ruim? Kast, filho de um nazista exilado no Chile após a 2GM, tem toda sua trajetória ligada ao autoritarismo.


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Fã declarado do sanguinário Pinochet e defensor de militares condenados pelos crimes da ditadura naquele país (1973-1990), não esconde que odeia com todas as forças qualquer política social em benefício dos mais vulneráveis.


Além de se apoiar no moralismo religioso em combate a esse delírio narrativo chamado pela turma extremista de "ideologia de gênero".


E por aí vai.


Mas as semelhanças acabam aqui. Com partido próprio e candidatura alavancada pelo aumento da criminalidade no Chile [olha isso, esquerda!], o ultracatólico Kast, 9 filhos, apenas um casamento, segurou a onda do extremismo discursivo, caminhou (nem tanto) para o centro e levou.


O moralista, além de bancar seu moralismo e surfar na onda do medo, soube fazer a leitura política certa pra ganhar a eleição.


Essa é a ponte para o futuro do bolsonarismo sem Bolsonaro.


Plus

Bolsonaro lançou seu filho, Flavio, pra ancorar a direita e o próprio bolsonarismo ao clã.


Qualquer que seja a embarcação a sair desse "porto" e ganhar os mares de campanha, o bozo deixou claro que só com a anuência dele, e cobrando um preço muito alto por isso.


Bônus

O bolsonarismo mais celerado chega até 14% do eleitorado. O antipetismo mais raivoso pode chegar a 30%, dependendo do humor da população com o governo Lula.


Fazendo aí uma conta simples, ficam apenas, em tese, 6% em disputa dos chamados indecisos pendulares que definem uma eleição.


Lembrando que avaliação bom + regular do governo Lula hoje (dezembro) é 62% (Datafolha).


Bônus-Track

O impasse na direita é em que momento se livrar de vez de Bolsonaro. Porque, haja o que "hajar", o bolsonarismo não vota no PT.


Kassab sabe disso...


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Helcio Albano é jornalista e editor-chefe do Jornal Daki.

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