Com mais de 115 mortos, megaoperação nos Complexos do Alemão e da Penha atinge recorde nacional
- Jornal Daki
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Ação policial ultrapassou o 'Massacre de Carandiru', que registrou 111 óbitos, em 1992, em São Paulo

A megaoperação de terça-feira (28) nos Complexos da Penha e do Alemão, Zona Norte, se tornou a mais letal do Brasil ao atingir a marca de pelo menos 121 mortos - sendo quatro deles policiais - ultrapassando o "Massacre de Carandiru", que registrou 111 óbitos, em 1992, em São Paulo.
Segundo o balanço do Governo do Rio, 58 pessoas morreram na terça, dia da operação. Entre os mortos estavam 54 suspeitos, dois policiais civis e dois agentes do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope).
Nesta quarta-feira (29), em coletiva na Cidade da Polícia, Zona Norte, o governo divulgou que o número subiu para 121, pois 63 corpos foram encontrados na área de mata da Vacaria, na Serra da Misericórdia, onde aconteceram os principais confrontos entre as forças de segurança e traficantes, no Complexo da Penha. A quantidade de óbitos pode aumentar porque as buscas continuam na região.
Com os dados atualizados, a megaoperação se tornou a ação policial mais letal da história do país. A marca até então era do "Massacre de Carandiru", ocorrido em outubro de 1992, no Pavilhão 9 da Casa de Detenção, na Zona Norte de São Paulo.
A ação na capital paulista teve mais de 3 mil tiros no período de apenas 20 minutos, deixando 111 presos mortos, muitos deles assassinados à queima-roupa. O conflito, que começou entre três detentos, culminou na entrada de 300 policiais militares, que atiraram contra os encarcerados para conter o motim. O caso virou livro, filme e símbolo da violência institucional.
Depois de serem denunciados pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP), com alguns sendo levados a júri popular, 74 policiais militares foram condenados pelos assassinatos. As penas variaram de 48 a 624 anos de prisão.
Em dezembro de 2022, entretanto, meses após o aniversário de 30 anos do massacre, o então presidente Jair Bolsonaro editou um decreto de indulto natalino para perdoar, de forma ampla, os agentes de segurança pública condenados por fatos ocorridos há mais de 30 anos, caso o crime não fosse considerado hediondo à época em que foi praticado.
*Com informações O Dia
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