Flávio, o 'ungido'
- Jornal Daki
- há 3 dias
- 2 min de leitura
Por Helcio Albano
E o coisa ruim ungiu a besta. Ou, melhor, o besta. E amarrou de vez a direita aos caprichos exclusivos [dos machos] da famiglia na discussão eleitoral de 2026.
Flávio, o "escolhido", é uma piada. Ninguém leva sua candidatura a sério. Nem ele mesmo. Mas o raciocínio do clã tem lá sua valia: todos devem procurar o bunda suja, de Uiramutã a Camboriú, pra negociar o bolsonarismo. Isso evita ruídos, centraliza as decisões e, principalmente, corta as asas da santinha do pau oco de Ceilândia, cada vez mais ouriçada.
O efeito prático da indicação do 01 do bozo foi o aumento do dólar, queda na bolsa, muxoxo do centrão? Sim, foi, pois a Faria Lima quer o Tarcísio!
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Mas o que se busca nesse movimento é a anulação da Micheque como protagonista das costuras políticas nos estados, focada na formação das chapas para o Senado, única casa no Congresso capaz de se contrapor ao STF, até impeachando ministros pra, enfim, solapar de vez a democracia, objetivo final dessa gente.
Essa semana já havia sinalizado aqui nesta Coluninha que o veto da Micheque às negociações entre o raspa c* e o Ciro no Ceará trazia a público uma guerra até então (mas não tão) intestina na famiglia pelo controle do espólio eleitoral do Jair.
As desculpas do primogênito enteado à madrasta no episódio, na verdade guardava o revide que viria depois em forma de unção do Flávio Rachadinha à disputa presidencial. Mas se a intenção era provocar na direita uma corrida pelas bênçãos do novo "padrinho", assim como na cena icônica de "O Poderoso Chefão", nem tiro teve pra sair pela culatra.
Enquanto isso, a Micheque sorri e dança.
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Helcio Albano é jornalista e editor-chefe do Jornal Daki.
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