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Lecinho é cassado por fraude, perde o mandato, mas poderá ser candidato

Decisão do TRE preservou os direitos políticos do ex-vereador, que presidiu a Câmara de São Gonçalo desde 2021


Por Cláudio Figueiras

Foto: Reprodução TV Câmara
Foto: Reprodução TV Câmara

O vereador Alécio Breda Dias, o Lecinho (Republicanos), não é mais vereador. A cassação do seu mandato foi confirmada pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RJ) em 17 de abril, obrigando- o a deixar, além do mandato, a presidência da Câmara de São Gonçalo, cargo que exercia desde 2021.


A cadeira de Lecinho no Parlamento foi para o suplente Alex da Agência (Patriota), que tomou posse na última sexta-feira (3) após recontagem de votos e reprocessamento do resultado do pleito passado feito pelo Tribunal.


Lecinho caiu porque a Justiça Eleitoral negou recurso apresentado pelo seu antigo partido, o MDB, anulando todos os votos obtidos pela nominata da sigla nas eleições de 2020.


O partido, presidido pelo ex-vereador à época, foi acusado pelo Ministério Público Eleitoral (MPE) de fraude ao usar uma candidata “laranja” para compor a cota mínima de gênero de 30% de mulheres na nominata exigidos por lei.


E se Alex assumiu a vaga de Lecinho, quem sentou na cadeira da presidência da Casa foi o vereador Vinicius (União). Pelo menos até amanhã (7), quando será realizada nova eleição para a escolha de um "presidente tampão" até o final da atual legislatura, que termina em 31 de dezembro.


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A cassação de Lecinho o tirou da Câmara, mas não os seus direitos políticos e eleitorais. A decisão do TRE garante a elegibilidade do político, que já se coloca como pré-candidato nas eleições de outubro deste ano. Em 2020 ele foi o terceiro mais votado da cidade, com 4.691 votos.


"É uma decisão que eu respeito, apesar de estar faltando oito meses para terminar não só o meu mandato de vereador, como também de presidente da Câmara. É uma decisão que aceito. Mas já estou trabalhando, porque estou elegível", disse o ex-vereador.


Lecinho, que comandava a Câmara com mão de ferro, foi um dos maiores aliados do prefeito Nelson Ruas (PL). Ele transformou a Casa Legislativa num verdadeiro rolo compressor dos interesses governistas contra os servidores municipais, principalmente os da Saúde e Educação, protagonistas de embates duros com o ex-parlamentar.

A lealdade de Lecinho ao governo Nelson, no entanto, o recompensou abundantemente com obras em suas principais bases eleitorais na cidade, nos bairros Porto da Pedra e Guaxindiba e no Morro do Abacatão, o que deve garantir facilmente o seu retorno à Câmara no ano que vem.


O ex-vendedor das Casas Bahia, e agora ex-vereador que abraçou com força o bolsonarismo durante o seu mandato, ficou conhecido nos últimos anos pelas fake news e incontinências verbais contra a esquerda e as pautas progressistas. Seus posicionamentos por diversas vezes evoluíam para a truculência, o racismo e a misoginia com adversários políticos, que comemoraram sua cassação nas redes sociais.


O vereador Alex Rocha Brito, o Alex da Agência, que substituiu Lecinho, tem 50 anos, é empresário, filiado ao Patriota e obteve 1.366 votos em 2020.


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