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Os 15 últimos idosos deixam Abrigo Cristo Redentor que agora está vazio

Instituição está aberta apenas com pequena parte administrativa funcionando

Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

A Tribuna - Após a realocação dos idosos de responsabilidade da Prefeitura de São Gonçalo e do Governo do Estado, que estavam no Abrigo Cristo Redentor em São Gonçalo, a unidade está vazia. Dos 15 idosos que moravam no local de forma particular, 14 voltaram para suas famílias ou estão em outros asilos, e apenas um continuou na unidade. Mas recentemente o idoso teve que ser internado no Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into). Apesar de estar sem ‘moradores’, a direção garante que a parte administrativa continua funcionando e o abrigo não está fechado.


A crise no Abrigo Cristo Redentor é antiga e passa por dívidas trabalhistas, fiscais e atuações do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ). Inclusive foi o órgão, por meio da Promotoria de Justiça de Proteção ao Idoso e à Pessoa com Deficiência do Núcleo de São Gonçalo (PJPIPD SG), que pediu a transferência dos idosos em decorrência da manutenção precária por falta de verbas. O convênio entre o Abrigo e a prefeitura foi interrompido em fevereiro desse ano, por causa de uma certidão negativa de débito, e Ademir Nunes Correa, diretor diretor-superintendente, afirma que a dívida é de R$ 180 mil referente a janeiro e fevereiro desse ano. Já com a Fundação Leão XIII passa dos R$ 3 milhões.


“Desde o final do ano passado mais de 100 funcionários já fizeram a demissão voluntária e saíram do quadro de funcionário do Abrigo. A Prefeitura e a Fundação retiraram os idosos e não pagaram as dívidas. Não estamos fechados. A instituição representa para a cidade uma extrema importância. Somos de uma credibilidade imensa, mas passamos por problemas complicados”, garantiu Ademir.



O diretor ainda contou que está em negociação com alguns órgãos e empresários para a volta dos 14 idosos particulares para a unidade. “Passamos por dificuldades para manter os 15 idosos quando os de responsabilidade dos governos municipal e estadual saíram. Fizemos um processo tranquilo para a retomada desses idosos para familiares e outras instituições. Não estamos com idosos na unidade pois o único que continuou conosco está internado no Rio. Mas assim que essas negociações acabarem vamos voltar com eles”, frisou Ademir.


As duas instituições foram questionadas sobre esses assuntos mas não se manifestaram até o momento.


TRANSFERÊNCIA DOS IDOSOS

Segundo o MPRJ, na época, a Vigilância Sanitária esteve no local e constatou número insuficiente funcionários, inclusive de enfermeiros, que deixavam de realizar registros nos prontuários por acúmulo de trabalho, não atendendo minimamente as legislações pertinentes. Verificou-se instalações dos pavilhões, mobiliários e postos de enfermagem em condições precárias, acomodações coletivas com infiltrações comprometidas e o desabastecimento de proteínas e frutas para suprir a demanda dos idosos e funcionários.


DÍVIDA DO ESTADO

Dados financeiros apontam que falta dos repasses do Estado engloba os pagamentos de 2017 (R$ 644.442,98), todo o ano de 2018 (R$ 546.463,13), todo 2019 (R$ 478.992,83); além de todo o ano de 2020 e 2021, que ainda não foram divulgados. Somente os anos de 2017, 2018 e 2019 somam uma dívida de R$ 1.669.898,94, sem contar 2020 e 2021.

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