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Personagens - por Paulinho Freitas

SÃO GONÇALO DE AFETOS



Foto: Reprodução Instagram
Foto: Reprodução Instagram

Relendo hoje a coluna de Erick Bernardes “Desde que o Samba é Samba”, Jornal Daki, 16/06/2022, versando sobre os tempos de glória do GRES Portela ensaiando no clube Mauá e sobre a importância desse evento na cultura e sociedade Gonçalense nos idos anos de 1980, lembrei de Giba.


Na  época, ele já contava com trinta e poucos anos, o que para nós, de vinte, já era considerado um “coroa”, com sua bicicleta toda enfeitada com as cores e escudo de seu time de futebol favorito, passando bem devagarinho pelas paradas de ônibus lotadas, paquerando as meninas, disputando com outros balzaquianos que com seus carros reluzentes, com o som alto tocando Bee Gees atraiam mais atenção do que ele.  


Giba “passava em branco” toda semana, pelo menos nunca o vi com ninguém em sua garupa. Lembro que ele comprou uma moto, pintou e enfeitou com as cores e o escudo de seu time, assim como a bicicleta. Frequentava também a boite do tamoio e os bailes da época. Usava camisa social, calça de gabardine e sapatos de pelica, além de um fortíssimo perfume e os cabelos encaracolados, como os de Roberto Carlos na época da Jovem Guarda.

 

Giba era muito querido por nós e nos contava histórias de romances que só aconteciam na sua vontade e imaginação, mas a gente acreditava. Alguns até imitavam o “bem sucedido Dom Juan Gonçalense”. Uma época de efervescência cultural na música, no teatro e boêmia Gonçalense.


Quantos personagens brilharam bem na frente de nossos olhos! Quantas histórias! Quantas lembranças! Eu sei que seu coração lembrou de alguém, de um tempo, de um lugar ou algum acontecimento bom.  Seus olhos estão brilhando.


Por onde andará Giba? Que saudade meu Deus! Que saudade! 


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Paulinho Freitas é sambista, compositor e escritor.



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