Professor pede que sociedade pressione por revogação do novo Ensino Médio
- Jornal Daki

- 14 de mar. de 2023
- 2 min de leitura
Pesquisador da USP, Daniel Cara, afirma que estudantes de escolas públicas são prejudicados com nova política de ensino aprovada no governo temer

O professor da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP) e um dos maiores pesquisadores da área, Daniel Cara, defende que o Novo Ensino Médio, que já começou a ser implementado no país, seja revogado pelo presidente Lula. A reforma do ensino foi proposta e aprovada durante o governo Temer, em 2018.
Cara afirma que os estudantes das escolas públicas sairão prejudicados com a nova política de "itinerários de aprendizagem", que não valorizam áreas das ciências humanas e da natureza, fazendo coro com outros profissionais da educação, sindicatos e ativistas.
“Não vai ter médico da periferia. Há escolas nas periferias de São Paulo, das grandes capitais, que não estão oferecendo o itinerário de Ciências da Natureza. A reforma é uma falta de fé no povo brasileiro”, disse o pesquisador em entrevista ao canal Fórum.
Como a reforma foi feita através de Portaria, o governo Lula poderia revogar a reforma, mas o ministro da Educação, Camilo Santana (PT-CE), tem sido reticente sobre o tema.
O chefe da pasta chegou a prorrogar algumas fases da implementação do Novo Ensino Médio, mas manteve a maior parte do calendário do governo Bolsonaro para o tema. Depois, Santana voltou atrás na prorrogação.
O professor, neste cenário, reforçou que a revogação do Novo Ensino Médio é essencial e que irá pressionar o governo, embora elogie ações do governo Lula no campo educacional, como a revisão do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), que não era alterado desde o governo Dilma.
"Se não for possível dialogar com o Ministério da Educação, a gente vai para a sociedade, para o debate público. Isso é inerente à democracia, não existe ônus para isso. Pelo contrário, isso é positivo", finaliza.
Com Revista Fórum.
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