São Gonçalo para além da Villa
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São Gonçalo para além da Villa

Por Helcio Albano


Igreja Nossa Senhora das Graças, no Porto Velho/Foto: Helcio Albano
Igreja Nossa Senhora das Graças, no Porto Velho/Foto: Helcio Albano

Quem me acompanha sabe que alcunhei São Gonçalo como a "maior cidade pequena do Brasil". Isso, claro, é carregado de significados, simbolismos e representações. A cidade é grande devido sua demografia. Pelo menos, oficialmente, são 890 mil almas morando aqui.


Se se coloca outros tantos visitantes que vão e vem na cidade ronca-ronca, isso chega a 1 milhão. Até pouquíssimo tempo, esse era o número de residentes no município. Segundo o IBGE, mais de 180 mil meteram o pé por exaustão de uma espera de melhora na qualidade de vida que nunca vem.


E a cidade é pequena pela péssima oferta de serviços e empregos de qualidade. O que explica, por exemplo, os resultados do IBGE 2022. A cidade age deliberadamente pra expulsar os seus filhos. Sobretudo, aqueles melhor escolarizados ou detentores de talentos especiais impossíveis de serem absorvidos em sua terra natal, incapaz de remunerá-los à altura.


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Esses aí em cima são fatores objetivos, materiais. Mas há também outros, estes subjetivos, de difícil medição por causa de sua própria natureza subjetiva. Pra tentar trazer essa São Gonçalo à compreensão, recorro à história, à Villa originária - surgida no entorno do seu marco zero - que formou essa cidade, sua alma e ethos imanentes. E que devia nos socorrer em suas crises de identidade. Mas vejo-a também esvaziada.


Eis que, diante disso, o gonçalense médio sofre de um banzo, sem saber exatamente o que foi, acometido de um sentimento estranho e furtivo do que podia ser - e não é - a cada barricada rompida. Mas elas são muitas.


E estão em todos os lugares.


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Helcio Albano é jornalista e editor-chefe do Jornal Daki.

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