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“Terremoto de solidariedade” - por Rofa Araújo


Foto: Reprodução internet
Foto: Reprodução internet

Ao observarmos uma tragédia natural como o recente terremoto que destruiu a Turquia e Síria, percebemos o quanto estamos sujeitos a desastres como esse e que são inevitáveis. Já são mais de 5 mil mortos.

Junto com essas catástrofes, notamos uma onda de solidariedade vinda até mesmo de onde menos se espera: Israel, por exemplo, mesmo com problemas diplomáticos com os dois países-alvo do desastre natural, enviou ajuda humanitária. O que é isso? Solidariedade e amor ao próximo que está acima de qualquer divergência política.

Por que será que no caso dos yanomamis – uma tragédia parra lá de “programada a longo prazo” – não percebemos a mesma mobilização vindas de empresas, grupos de apoio e até religiosos, como estamos vendo nesse desastre natural?


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Percebemos que algo político parece influir nesse aspecto, como se um atingisse um lado que se quer ajudar por ser bandeira de um determinado grupo e o outro, mesmo com regimes autoritários, ocorre em outros países distantes e não afetará posições esquerdistas ou direitistas.

Será que o ser humano é tão seletivo assim, mesmo se tratando de um desastre natural ou massacre indígena? Não seria o caso de a ajuda ser para todos que precisam, independente de posições partidárias, localidades e qualquer outro não maior que vidas humanas?

Quando ajudamos ao próximo, isso nos faz bem. Não é preciso divulgar ou clicar selfies como alguns tem a coragem de fazer para que sua imagem fique em evidência, em tempos de youtubers e redes sociais turbinadas.



É preciso ser mais humano e menos egoísta para que ideias contrárias não sejam maiores que o amor ao próximo. Se não mais parece que só se quer o bem daqueles que comungam dos mesmos ideais defendidos por nós. E isso não é propriamente “humanidade”, mas uma situação para lá de tendenciosa e faz mal, ao invés de bem.

Vamos lutar por mais “terremotos de solidariedade” no Brasil e no mundo, sem distinção de raças, cor, religião, posições políticas e, acima de tudo, para todo ser humano seja respeitado onde estiver e possa ter a sua dignidade e receber ajuda quando necessidade e não ser ignorado por razões fúteis, como muitos agem sem o menor constrangimento.

Viva a solidariedade para todo e qualquer se humano do planeta Terra!


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Rofa Araujo é jornalista, escritor (cronista, contista e poeta), mestre em Estudos Literários (UERJ), professor, palestrante, filósofo e teólogo.


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