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Lei aprovada na Câmara prevê obrigatoriedade do 'teste da linguinha‏‎'



A Câmara dos Vereadores de São Gonçalo aprovou na última sessão ordinária o projeto de lei 280/2014 que torna obrigatória a realização na avaliação do frênulo da língua - em bebês recém-nascidos para verificar futuros problemas na amamentação, dentição e língua presa, nos hospitais e maternidades (Públicos e Privadas). A proposta do vereador Dudu do Catarina (SDD) pretende evitar possíveis prejuízos ao desenvolvimento adequado da criança. O texto agora segue para a sanção ou veto do Poder Executivo.

Segundo o vereador Dudu do Catarina, o propósito da aplicação obrigatória do teste é verificar se há a necessidade de cirurgia para corrigir possíveis irregularidades no frênulo lingual, estrutura que liga a parte inferior da língua à boca. O problema é conhecido popularmente como “língua presa”. “Quando não há a correção, a criança pode desenvolver dificuldades de sucção, deglutição e mastigação, além de problemas na fala”, explicou a vereador.

Dudu reforçou que o exame é bastante simples, rápido e indolor e poderá ser feito na rede pública ou privada. Se a má formação for detectada no teste, a correção é feita com uma cirurgia que pode ser feita com anestesia local, durante o tempo de permanência do bebê no hospital. Na rede pública, já são obrigatórios os testes do pezinho (rastreamento de doenças assintomáticas), do olhinho (problemas visuais como glaucoma) e da orelhinha (para detectar surdez).

A fonoaudióloga Roberta Martinelli, criadora do teste da linguinha, afirma que a técnica não causa dor alguma ao bebê. Primeiro, a profissional examina com os dedos o movimento da língua e a posição do frênulo, pele que fica sob o órgão. Em seguida, observa e grava a amamentação da criança, para depois analisar os detalhes.

“Bebês com alteração no frênulo têm um número menor de sucção e um tempo maior de amamentação, algo em torno de oito a dez segundos. O normal é que essa pausa seja de quatro segundos e que a criança tenha uma quantidade maior de sucção. No primeiro momento, o teste veio para detectar a língua presa, que é quando esse fio está fixado mais para ponta da língua. Só se considera língua presa quando limita o movimento".

Os problemas vão além da dificuldade na fala. No caso dos recém-nascidos a alimentação pode ser prejudicada, já que afeta a sução. "Tem sido uma das maiores causas de desmame precoce. Ele (o bebê) pode ter dificuldade de passar para a papinha porque tem dificuldade de deglutição. Por volta de um ano e meio, pode ter problemas no processo mastigatório também. A gente observa características do choro porque o bebê que tem essa língua presa sobe mais as laterais do que a ponta da língua”, explica a fonoaudióloga Roberta Martinelli.

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