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Foto do escritorJornal Daki

Que inveja de Drummond...



Faz dois meses que me mudei para Miriambi, S. Gonçalo. Em Miriambi meu passatempo preferido é olhar as moças passarem. Dedico tempo do meu dia para vê-las transitarem pra lá e pra cá.

Agora que o zelador aqui do condomínio depenou a árvore que fica em frente à janela do meu quarto, consigo vê-las (as donas) melhor ainda. Cada ida delas é uma inspiração, literalmente, minha; cada vinda, um suspiro meu.


Não à toa, meu mito preferido é que narra o surgimento da mulher no mundo. Diz o Livro do Gênesis que, após ver o brother solitário no Éden, o Senhor concluiu: “Não é bom que o homem esteja só...”. E como ainda não existiam cervejas nem antidepressivos para mandar embora o banzo de Adão, Deus criou a mulher. Cabúm! Quando fico debruçado no parapeito, a contemplar a maior criação do Todo-Poderoso, concluo: valeu a pena ter perdido uma costela.

Niemeyer filosofou: “Não há nada mais importante que a mulher, o resto é bobagem”. Concordo, mas não saio repetindo a frase por ai. Receio elogiar e ser considerado machista, já vi acontecer. Essas, as que confundem elogio com cantada e gentileza com machismo, fazem parte de um “Neofeminismo” bestalhão, que apregoa a emancipação da mulher e, concomitante, a segregação do homem.

As suecas ainda proíbem seus namorados de urinarem em pé? Danem-se os namorados (homem, do Latim: boçalis boçalis), eu falava de mulheres.

Que inveja sinto daquele Drummond que fica sentado o dia inteiro na praia de Copa Bacana, vendo mulheres gozando do direito de ir e vir, pra cá e pra acolá. Se a mulher não existisse, marmanjos, o mundo seria muito mais chato do que é. Estaríamos até hoje colhendo amoras por ai, rodeados por orangotangos. Uh-uh, ah-ah.

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