As Forças Armadas devem se reeducar para a democracia
Por Helcio Albano
Ontem (26), excepcionalmente, escrevi duas Coluninhas que abordaram temas conexos, relacionados ao frustrado atentado terrorista ao aeroporto de Brasília. Mas que, para o leitor atento, revela um quê de continuidade do criminoso modus operandis de atores das FAs (Exército à frente) contra a democracia e os cidadãos brasileiros. Triste tradição golpista que vem desde 1964.
No "Plus" da Coluninha de título "O bolsonarismo escalou e agora é bolsoterrorismo" me referi lateralmente ao porão da Ditadura como useiro e vezeiro de atos terroristas a bomba como ferramenta política. Sempre para criar medo e pânico na sociedade contra os seus inimigos - quem? - sim, os "comunistas", of course!
O atentado a bomba do porão mais notório ocorreu em 1981 no Riocentro, quando um sargento e um capitão morreram após o explosivo ser detonado no colo de um dos militares em missão para levar o terror e morte ao evento em homenagem a Dia do Trabalhador, em 1º de maio daquele ano.
A bomba acabou explodindo no colo da Ditadura, mas a ideia era jogar a culpa no colo da esquerda e atrasar o processo de abertura democrática iniciado com o general-presidente Ernesto Geisel (1974-79).
O mesmíssimo método usado agora, abordado na segunda Coluninha do dia, de título "Covardes, bolsonaristas jogam na conta de petistas ação terrorista em Brasília".
É urgente a reeducação das FAs. Esse é um debate que a sociedade deve fazer no sentido de promover mudanças na instituição para criar nela raízes democráticas.
Plus
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Helcio Albano é jornalista e editor-chefe do Jornal Daki.