Caso Xandão: o ônus da prova é de quem acusa e 'off' não ajuda
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Caso Xandão: o ônus da prova é de quem acusa e 'off' não ajuda

Por Helcio Albano


Malu Gaspar e a turma das convicções/Foto: reprodução
Malu Gaspar e a turma das convicções/Foto: reprodução

O roteirista no Brasil nunca descansa.


Quem ainda não abstraiu totalmente o noticiário pra se jogar nas férias ou nas festas de fim de ano sabe que o Xandão tá na berlinda. Uma berlinda que tem nome: Banco Master, do enrolado Daniel Vorcaro, preso - depois liberado com tornozeleira - por suspeita de fraudes ao sistema financeiro que podem ultrapassar os R$ 50 bi.


Se a berlinda tem nome, quem o colocou lá também: O Globo, através dos jornalistas Lauro Jardim e Malu Gaspar.


O primeiro revelou que a banca de advocacia da esposa do ministro tinha um contrato com o Master até 2027 de R$ 3,7 milhões mensais. O que lhe renderia, até lá, R$ 129 mi.


O distrato ocorreu assim que o banco foi liquidado pelo BC, em novembro.


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Já Malu cravou que Xandão intercedeu pelo Master junto ao presidente do BC, o que, obviamente, além de imoral, é crime.


E a repórter ainda foi além, insinuando que os valores pagos à esposa, na verdade, remunerariam a advocacia administrativa do marido, já que, em sua apuração, não encontrou nem uma "petiçãozinha" sequer do escritório em favor do Master, desde que o contrato foi celebrado, em janeiro de 2024.


Jardim soltou a "bomba", que depois foi confirmada por documentos que ele tinha ciência de que existiam. E Malu sustenta tudo que falou por fontes em "off", sem materialização — o que, para o jornalismo investigativo sério, é um problema.


Agora, pros objetivos buscados, funciona. E muito. Aprovadíssimo na Escola Lava Jato de Produção de Escândalos (ELJPE).


O ônus da prova é de quem acusa.


Nada de matar a cobra sem mostrar o pau.


Plus

E a onda moralista usando-se do off do Xandão só cresce. Pra surpresa de zero pessoas, Estadão e Folha entraram na cobertura. Agora o bonde Lava Jato formou de vez!


Bônus

O Estadão foi atrás da matéria e o máximo que conseguiu foi mais "off" dizendo a mesma coisa: ouvi de fulano ou beltrano que blá, blá, blá.


A Folha ligou as turbinas no modo golpe, e pede em editorial pra que "não haja complacência com petistas e cupinchas de Lula pelo fato de amigos do presidente comandarem a Polícia Federal e vestirem togas no Supremo" "onde corrupção se alastra".


Cansativo.


Bônus-Track

Agora sim, Feliz Natal!


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Helcio Albano é jornalista e editor-chefe do Jornal Daki.

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