Deputados do PT querem que governo Lula declare Trump 'persona non grata' no Brasil
- Jornal Daki
- há 22 minutos
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Um grupo de deputados do PT protocolou uma indicação para que o governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT), por meio do Ministério das Relações Exteriores, declare o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, como “persona non grata” no Brasil. O pedido é liderado pelos parlamentares Luiz Couto (PT-PB) e Alexandre Lindenmeyer (PT-RS) e conta com o apoio de outros 20 dos 67 integrantes da bancada petista. As informações são do Metrópoles.

Segundo os deputados, a medida seria uma resposta às sanções impostas recentemente por Trump ao Brasil, como o tarifaço sobre produtos nacionais e a cassação de vistos de autoridades, incluindo o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Para eles, essas ações configuram “agressões” à soberania nacional e exigem reação firme.
Na justificativa apresentada ao Executivo, os parlamentares defendem que a declaração de “persona non grata” não seria um gesto de hostilidade contra os Estados Unidos, mas um ato de “legítima defesa da soberania e da dignidade das instituições brasileiras”. Eles argumentam que a ausência de resposta daria ao mundo a impressão de que o Brasil tolera a violação de sua independência.
O texto afirma ainda que cabe a todos os Poderes da República defender a autonomia do Judiciário e o Estado Democrático de Direito. Para os deputados, medidas diplomáticas mais enérgicas são fundamentais para proteger as instituições brasileiras diante do que chamam de “agressões de magnitude inaceitável” promovidas por Trump.
A iniciativa remete a um episódio de fevereiro de 2024, quando o governo de Israel declarou Lula “persona non grata” após o presidente comparar a ofensiva militar em Gaza ao Holocausto. O gesto gerou repercussão internacional e tensões diplomáticas entre os dois países.
Agora, os petistas querem inverter a lógica e adotar medida semelhante contra os Estados Unidos, numa ação de caráter simbólico e diplomático. A decisão final, no entanto, cabe ao Itamaraty e ao Palácio do Planalto, que ainda não se pronunciaram sobre o pedido.
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