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Entendendo a diferença entre diversidade, inclusão e pertencimento

Por Rofa Araújo


Foto: pikisuperstar/Freepik
Foto: pikisuperstar/Freepik

Muito se faz confusão entre três termos bem utilizados hoje em dia: diversidade, inclusão e pertencimento. Parece até que tem o mesmo significado, mas não tem.


Sobre isso vi nas redes sociais um dia desses uma ótima definição entre as três palavras que bem vale citar aqui, incluindo reflexões a respeito.


“Diversidade é quando você tem um lugar à mesa.” É algo buscado por todos não ser colocado de lado e estar presente como todos, sem distinção. Mas será que apenas ter um lugar à mesa basta?


“Inclusão é quando você pode falar”. Muito bem isso. Não vale apenas ter um lugar à mesa se nãos se pode exercer o direito de falar e expor suas ideias, sejam elas quais forem.


“Pertencimento é quando você é ouvido”. É complemento de tudo: ter um lugar à mesa, poder fala e ainda mais importante, ser ouvido.



Muito de fala sobre diversidade onde se quer incluir pessoas de todas as raças, religião e que pensam diferentes para representar uma sociedade. Isso vale muito o que temos visto na TV, por exemplo, quando protagonistas são mulheres negras ou homens pretos, o que nunca tinha se visto. Um pensamento e tempo interessante. Tudo a favor da diversidade.   


Também observamos a inclusão como algo a ser mostrado em produções televisivas quando personagens até então postos de lado são incluídos e dado a eles voz. Isso vale para negros, credos religiosos diversos e de opção sexual distinta. Inclusão como ótima opção, desde que essa não ocupe o lugar de outro sem igualdade. E pior que isso tem acontecido.


Pertencimento quando a voz é falada e ouvida. Algo inimaginável a tempos atrás em grupos diversos que nem eram considerados existentes. E seria o ideal para todos mesmo: serem ouvidos no que pensam, para que digam o que preferem na sociedade, inclusive em como querem ser tratados.


O que temos muito por aí é a pseudo difusão da diversidade e inclusão, mas que não vem junto com o ouvir os envolvidos. Muitos grupos que se dizem defender essa ou aquela parcela da sociedade, na verdade, agem com suas próprias vontades e não representam nem a maioria.


Por isso é perigoso quando numa eleição, por exemplo, um candidato se apresenta como alguém de um grupo minoritário A ou B e em sempre fala por eles em seu todo, mas por si mesmo.


Vamos refletir e dar voz a todos, prestando atenção se os sons emitidos são realmente da coletividade e não somente de um ou alguns que não falam por todos e, ainda por cima, vai de encontro às suas próprias ideias.


**Este texto não reflete, necessariamente, a opinião da Editora JORNAL DAKI


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Rofa Araujo é jornalista, escritor (cronista, contista e poeta), mestre em Estudos Literários (UERJ), professor, palestrante, filósofo e teólogo.

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