Ligue os pontinhos entorno do Bacellar e faça diferente
- Jornal Daki
- há 34 minutos
- 2 min de leitura
Por Helcio Albano
Cês viram? Prenderam o Bacellar. Isso faz com que oficialmente o RJ tenha a política mais suja do Brasil. Mas de longe. É a terceira prisão de um presidente da Alerj.
Antes do preferido do governador Cláudio Castro (PL) para sucedê-lo no Palácio Laranjeiras, foram em cana Jorge Picciani e Paulo Melo, ambos MDB.
É pra pedir música no Fantástico.
A Polícia Federal botou o Rodrigo Bacellar (União) na tranca por suspeita de vazar operação em setembro que prendeu outro deputado, o investigado por tráfico, TH Joias (que, por sua vez, só assumiu porque o filho do Picciani, o Rafael, foi nomeado numa Secretaria do estado pelo Castro).
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No Rio, as linhas sucessórias do crime parecem inevitavelmente cruzar a Alerj. E, segundo apurações da própria PF, o CV já teria tomado de assalto a chamada “Cadeia Velha” — alcunha histórica da Casa por ocupar o antigo prédio da prisão pública da cidade.
É piada pronta. Pra desespero dos fluminenses.
Mas atente ao seguinte: o partido do Bacellar, o União, assim como sua ex-sigla, o PL do bozo e do gago, também o PP, do Lira, e o Republicanos, do Tarcísio, todos eles da direita, ou que se autodeclaram "centrão, todos estão empenhados em ferrar a Polícia Federal.
E a razão disso fica ainda mais escancarada a cada operação dessas.
De agosto pra cá, começando pela Carbono Oculto na Faria Lima, a PF tem apertado a ferida pútrida que ensaia se alastrar pelo tecido do Estado. E o resultado taí, revelando o verdadeiro crime organizado que opera dos salões, parlamentos, e agora, principalmente, dos homes brokers digitais de onde se lava o dinheiro sujo que oprime a favela e aterroriza a sociedade.
Não se muda fazendo a mesma coisa. Inclusive no voto.
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Helcio Albano é jornalista e editor-chefe do Jornal Daki.
