Redes sociais controladas ou controlando?
Por Rofa Araújo
Temos observado, com preocupação, o que as redes sociais têm causado na vida as pessoas ao longo do tempo. Como se não bastasse o ódio pregado indiscriminadamente, ainda por cima tem os crimes realizados sem a menor punição, sob a alegação de mexer com a “liberdade de expressão”. Mas como assim? Então tudo pode fazer, escondido pelas redes sociais inclusive crimes e ninguém deve punir ou regulamentar para que não ocorra mais ou seja punido quem cometeu esses crimes?
Recentemente, um caso com morte por suicídio aconteceu. A jovem Jéssica, de 22 anos, foi encontrada morta após ser associada em uma fake news de ter um envolvimento amoroso com o influenciador digital Whindersson Nunes. Supostas conversas entre ela e o inluencer foram veiculadas por páginas de fofoca, como a “Choquei”.
E aí? Eu fazer? Nada porque é direito do site espalhar notícias falsas, sem nem ao menos verificá-las? E é preciso acontecer algo sério como a morte de alguém para tomarem providências, ao invés de regulamentar e preparar para não ocorrer isso de novo?
O grau de egoísmo da extrema-direita é tamanha que eles espalham o intuito de “regulamentar para tirar a liberdade de expressão do brasileiro”. Mas, que liberdade é essa? De fazer e falar o que se quer, como bem entender, e não ser punido por ninguém? As pessoas devem ser responsáveis pelo que fazem e precisam ser incriminadas pelos crimes de espalhar notícias falsas propagadas. U aguem acham isso um absurdo?
As redes sociais precisam, sim, ser controladas ou irão controlar a tudo e a todos. Destruir pessoas e até matar. E conivência será de quem acha que regular é “controlar a liberdade de expressão”. Se televisão e jornais são regulamentados, por que as redes sociais e internet, não? Assim, serão terra sem lei e terão sempre bandidos, pessoas má intencionadas e até mesmo “patriotas do mal que se acham do bem”, por trás de uma liberdade de falar mal sobre tudo qualquer assunto, causando até a morte de alguém e ainda se acham inocentes pelo que fazem.
Que possamos refletir sobre isso e, certamente, pensar mais dos males causados para o nosso próximo e não apenas olhar para o nosso umbigo e dos familiares e os demais que se lasquem.
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Rofa Araujo é jornalista, escritor (cronista, contista e poeta), mestre em Estudos Literários (UERJ), professor, palestrante, filósofo e teólogo.
