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São Gonçalo recebe 2ª edição do megafestival afro 'Trançar é Esperançar'

Evento celebra Dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha

Primeira edição do evento em 2024/Foto: Divulgação
Primeira edição do evento em 2024/Foto: Divulgação

Ele está de volta, ainda maior e mais potente! A 2ª edição do Festival "Trançar é Esperançar, realizado pela associação Mulheres da Parada e contemplado com recursos da Política Nacional Aldir Blanc (PNAB), acontece em celebração ao Dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha nos dias 25, 26 e 27 de julho em São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio.


Durante o festival, o público poderá ter acesso a oficinas (de vários tipos de tranças, lace e turbantes), palestras, além de feira de moda e gastronomia afro com 35 empreendimentos, shows e espaço quilombinho (com atividades e atrações para as crianças).


Outros destaques da programação serão os shows com as cantoras Chelle (ex-The Voice) e Nilze Benedicto; palestra com a influenciadora Patrícia Marins e oficina com a escritora best-seller Ryane Leão.


Haverá ainda concurso de tranças que dará um prêmio de R$ 600 da Ser Mulher e pitchs das pretas (apresentações de negócios) com 40 vagas para empreendedoras que também serão premiadas com produtos da mesma marca.


Segundo a presidente da associação Mulheres da Parada, Letícia da Hora, a programação foi elaborada a partir de quatro pilares: cultura e ancestralidade viva; empreendedorismo e economia criativa; afeto, reconhecimento e memória; sustentabilidade e impacto social.


"Estamos muito animadas para entregar mais uma edição do nosso festival, que é pensado sempre a partir do recorte de raça, gênero e território, ou seja, para mostrar e valorizar principalmente quem produz cultura e economia criativa em São Gonçalo", explica Letícia.


O evento conta também com o apoio da Ser Mulher e parceria da Feita Q-Preta, Movimento de Mulheres de São Gonçalo, Casa Atípica e TMESP/Ambulância, Instituto Karanba, Mulheres do Salgueiro, Instituto Jelson da Costa Antunes (IJCA), Abraço Coletivo e Coletivo Mina Crespa, além da Prefeitura de São Gonçalo através da Secretaria Municipal de Turismo e do Ministério da Cultura.


A associação Mulheres da Parada é uma organização da sociedade civil, sem fins lucrativos, fundada em 2020 na pandemia da covid-19 a partir da iniciativa de mulheres negras e moradoras de periferias de São Gonçalo.


Todas as atividades do evento serão gratuitas e realizadas no Teatro Municipal de São Gonçalo, no Centro da cidade (confira programação completa abaixo). A programação também será transmitida no canal do Youtube e no instagram da Mulheres da Parada.


O porquê do nome


A 1° edição do festival "Trançar é Esperançar' foi realizado em novembro de 2023, com o objetivo de ser um momento e espaço de encontro, troca e fortalecimento entre mulheres negras, tendo a trança como símbolo de identidade, protagonismo e geração de renda.


Homenagens


Neste contexto de valorização, haverá também haverá homenagens às seguintes personalidades: Altay Veloso, Maria de Lourdes Siqueira (in memoriam), Amanda Mara Goytaká, Alberto Rodrigues, Jandira Magno de Campos, Nailza Reis Pereira e Gleice Figueiredo de Lima.


Altay Veloso é um cantor e compositor nascido e morador de São Gonçalo conhecido nacionalmente por ter músicas gravadas por grandes nomes, como Alcione, Elba Ramalho, Jorge Aragão, Belo, entre outros. Também é autor do livro e ópera "Alabê de Jerusalém".


Conhecida como dona Lurdes, a mineira Maria de Lourdes Siqueira foi uma educadora popular e líder comunitária, que deixou um legado no bairro Boaçu, em São Gonçalo.


Amanda Goytaká é mãe solo, curandeira, historiadora contra-colonial e professora da Universidade Indígena Pluriétnica Aldeia Maraka'nã.


O maranhense Alberto Rodrigues é publicitário, produtor cultural e idealizador da Festa Literária de São Gonçalo (Flisg).


Jandira Magno é uma bancária aposentada que, por incentivo da mãe, abriu um espaço de café e literatura em São Gonçalo para lançamento de livros, shows e exposições.


Nailza Reis, mais conhecida como tia Niquinha, é trancista há 40 anos em São Gonçalo e, quando ainda não existiam cursos, ela ensinou muita gente na arte de trançar.


Gleice Figueiredo é diretora IFRJ de São Gonçalo e promove parcerias com projetos sociais e culturais da cidade.


Programação completa


25 de julho


Cerimônia de abertura para convidados


26 de julho


10h - Abertura com Letícia da Hora, presidente da associação Mulheres da Parada


10h30 às 11h30 - Palestra "Letramento Racial Crítico", com Andréia Hoelzle (IFRJ)


10h às 11h - Oficina "Colocação de lace", com Ana Linda Lace


11h30 às 12h30 - Oficina "Resgate de sabedoria ancestral das ervas", com Amanda Goitaká


13h30 às 14h30 - Oficina "Box Braids e suas variações"


14h às 14h30 - Pitch das Pretas - Rodada 1


14h30 às 15h15 - Roda de Conversa "Trançando futuros prósperos na moda", podcast "Qual é das Pretas" com Aline Silva, Viviane Melo e Janete Nazareth e mediação de Kássia Cris Oliver


15h15 às 16h - Palestra "Racismo Ambiental", com Amanda Goitaká


15h às 16h30 - Oficina "Aplicação de dread removível"


16h às 16h15 - Pitch das Pretas - Rodada 2


16h15 às 17h - Palestra "Seja CEO da própria vida", com Claudia Paula


16h30 às 17h - Oficina "Turbantes", com Rosiane Mariano Borges (Pérola)


17h às 18h - Apresentação artística com Fábio Simões


17h às 18h - Contação de História Arana e sua Turma e Boneca Abayomi (Movimento de Mulheres)


27 de julho


10h - Abertura com Letícia da Hora


10h30 às 11h30 - Pocket show "Maternidade atípica e roda de conversa, com Isa Black Woman, Gláucia Batista, Ana Paula e Gabi de Pretas


10h30 às 11h30 - Oficina "Lace artesanal", com Júlia Vitória do Nascimento


10h30 às 11h30 - Oficina "Abayomi para crianças" (Movimento de Mulheres de São Gonçalo)


11h às 12h - Oficina "Trança Twister"


11h30 às 12h30 - Palestra "O que ninguém te conta sobre se sentir bem de verdade", com Patrícia Marins


13h às 14h - Podcast "Trancista não é cabeleireira. Nossa profissão foi reconhecida", com a trancista Cláudia Félix e Cris Pires e mediação de Kássia Cris Oliver


13h30 às 14h30 - Oficina "Stich braids"


14h às 15h - Oficina "Tie dye", com Mulheres do Salgueiro


14h às 16h - Oficina "Escrevivência para Mulheres Negras", com Ryane Leão


14h às 16h - Lançamento do livro "As protagonistas do jogo" (homenagem e recital), com Instituto Karanba e Altay Veloso


14h30 às 15h - Pitch das Pretas Rodada 3


15h às 16h - Oficina "Nagô freestyle"


16h às 16h30 - Pitch das Pretas Rodada 4


16h às 17h - Formatura projeto Donas da Parada turma Trancistas 2024, Mulheres da Parada


17h às 17h30 - Premiação do Concurso de Trancista


17h30 às 18h30 - Baile Charme, com Família Black Star


Os ingressos gratuitos para participar das atividades devem ser retirados através do site Sympla, cujo link está na bio do instagram.com/mulheresdaparada.


Em todos os dias do evento, é solicitada a doação de 1kg de alimento não perecível para fortalecer o projeto Mercadinho Solidário mantido pela associação Mulheres da Parada e ajuda famílias em vulnerabilidade social.


SERVIÇO

Evento: Festival "Trançar é Esperançar"

Datas: 25, 26 e 27 de julho

Local: Teatro Municipal de São Gonçalo (Rua Feliciano Sodré 100, Centro)

Horário: das 10h às 22h

Classificação: Livre


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