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Eduardo Gordo, o 'homo sincerus': O salário de vereador é uma miséria



O homo sincerus da política gonçalense, o vereador Eduardo Gordo, foi mais uma vez a estrela da companhia na trepidante sessão legislativa realizada na última terça (20). O ponto alto da sessão foi Gordo chegar quase às vias de fato com um jornalista que cobria a Plenária.

Com o peito aberto e sem nenhuma amarra protocolar, o parlamentar, em sua primeira ida à Tribuna naquela noite, lamentou - o que considera ser - os baixos salários recebidos pelos vereadores.

- Nós não temos um salário, temos uma miséria. Eu costumo dizer: eu ganho 11 mil, meu assessor ganha 3. Ele ganha mais do que eu. Dos meus 11, é um bujão de gás, uma conta de luz. Se meu assessor tomar 3 cervejas, cada um paga um. Se eu tomar 10 tenho que pagar os 10, eu sou vereador. O cara morreu, vai na minha casa, a luz tá cortada? Eu vou lá. Nós somos a salvação do bairro. Essa situação é pura e real que as pessoas têm vergonha de dizer - desabafou, colocando a culpa na legislatura passada que não fez o reajuste por 'medo da mídia".

Gordo revelou que não é apenas no bairro que ocorre a sangria pecuniária, mas também nos corredores da Câmara:

- Aqui no corredor (da Câmara), se eu pudesse colocar uma máscara de pierrô... Porque todo dia eu perco 200 reais, 150; é 50 pro jornal, é um gás, é uma passagem que o cara vem de Campos e quer inteirar e voltar. É impossível - disse em tom lamentoso.

No desabafo do parlamentar, também sobrou para imprensa (Globo incluída) que contribuiu em tachar os políticos de ladrões perante à opinião pública:

- Pode anotar aí: daqui a 20 anos não vai ter nem mais polícia e político. Fomos tachados de bandidos pela mídia. E hoje tá muito difícil ir pra rua pedir voto por causa disso. Eu fui atacado pela Rede Globo mais que o Eduardo Cunha. O ataque só se compara ao Cabral. Mas ganhei as eleições - continuou.

Minutos mais tarde, Gordo volta à Tribuna avisado de uma postagem desfavorável publicada no Facebook por um jornalista presente à sessão. Ele toma como ofensa pessoal. A chapa esquentou, e o vereador não teve papas na língua em chamar o jornalista para berimbolar na porrada fora do plenário.

A tensão toma a Câmara e os vereadores entram em catarse. Ao final da fala dura e impublicável em salões da boa sociedade, Gordo toma o caminho da saída lateral do Plenário em encontro ao jornalista para o que seria um duelo sem espada e sem garrucha com seu mais novo desafeto. Os colegas esquecem o ofício parlamentar e se transformam na turma do deixa disso.

Não foi preciso conter os 170 quilos de revolta contra o jornalista que, depois dessa, não se sabe se volta à Câmara.

Veja vídeo aqui.

Atualização: por um lapso desse escriba, o título original trazia 'homus' e não 'homo' como é corretamente grafada a palavra latina. Definitivamente, o vereador não tem nada a ver com pasta de grão de bico, que é o que significa homus.

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