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Famílias inteiras ao ‘Deus dará’ em Ciep abandonado no Portão do Rosa


Pessoas retiradas de condomínio do Jóquei são jogadas e abandonadas em Ciep sem condições mínimas de habitabilidade


Centenas de mulheres, homens, crianças, muitas ainda de colo, idosos e pessoas com deficiência, quase todas negras, todos seres humanos, brasileiros, que nasceram na pobreza e conviveram a vida inteira com o descaso, indiferença e negligência do poder público, seguem sua rotina de sofrimento, largadas, abandonadas, num Ciep desativado do Portão do Rosa que deveria lhes servir de abrigo.

Todos eles são desabrigados das chuvas de 23 de março, e que sozinhas e desesperadas, conseguiram se organizar e ocupar o condomínio recém-construído do Minha Casa Minha Vida no bairro do Jóquei, na esperança de encontrarem ali a tão sonhada dignidade, ou pelo menos pressionar o poder público a acabar com a situação degradante pelo que passavam.

Depois de promessas que se revelaram falsas, reuniram forças para protestar no dia 06 de abril nas escadarias da prefeitura contra uma ordem de reintegração de posse expedida pela Justiça em favor da Caixa Econômica Federal e da construtora MRV Engenharia, proprietárias legais dos 998 apartamentos do condomínio.

Em 17 de maio veio o despejo após a prefeitura assinar um termo de responsabilidade com a Justiça garantindo as integridades física, legal e moral daquelas pobres almas. Mentira.

Centenas de pessoas foram levadas em ônibus da polícia para um Ciep abandonado no Portão do Rosa, sem água, luz, condições mínimas de higiene e tomado pelo tráfico de drogas sob protestos do Conselho Tutelar da cidade e do presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, vereador Alexandre Gomes. Em ações separadas, entraram com representação no Ministério Público para que a prefeitura cumpra os seus deveres e que principalmente garanta os direitos das 200 crianças desabrigadas que estão fora da escola.

A prefeitura alega ter colocado à disposição dos desabrigados os Centros de Assistência Social (CRAS) para cadastramento das famílias no programa Minha Casa Minha Vida. Pode ser tarde demais. O governo federal interino cancelou todos os contratos do programa de moradia popular.

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