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Aulas de teatro mudam a realidade dos moradores do bairro Engenho Pequeno


Duzentas pessoas são atendidas mensalmente no Cras


A professora Gabriella Morais atua como facilitadora

Olhos atentos e corpos em cena. Sem cortinas, o palco é a área de lazer do CRAS, onde no Engenho Pequeno, em São Gonçalo, toda quinta-feira pela manhã cerca de 10 moradores da região encontram na oficina de teatro uma forma de encenar novos caminhos para um futuro melhor. Ministrada pela atriz e facilitadora do Centro de Referência e Assistência Social, Gabriella Morais, a atividade, com alunos de todas as idades, faz parte do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV) e tem mudado a realidade da região.

- Conheci a oficina através da minha mãe, que também fazia e me chamou. Eu era muito tímida, sempre tive muita vergonha de falar em público e inclusive isso afetava também o meu humor, eu vivia sempre muito irritada. O teatro me ajudou muito a mudar isso, e então, assim como a minha mãe, eu trouxe a minha filha Yasmin", disse Silvia Tavares, 42, moradora do Engenho Pequeno. E a filha, que também é colega de turma complementa: "Meu sonho é ser artista e por isso eu estou aqui na oficina - disse a adolescente de 12 anos, que é destaque na turma.

Entre um serviço e outro, a auxiliar de serviços gerais, Helena Garcia, que trabalha no CRAS, assistia atenta às aulas até o dia em que decidiu: "é isso que quero fazer. A professora é muito boa e atenciosa, é a primeira vez que faço um curso de teatro na vida. Eu tenho aprendido muitas coisas novas que vou levar para a vida. A gente conhece um mundo novo", disse a aluna.

Para a professora Gabriella Morais, que atua como facilitadora da oficina de teatro nos CRAS Engenho Pequeno, Venda da Cruz e Neves, a arte é uma ferramenta de transformação social.

- Quando cheguei aqui, me deparei com uma turma com a qual nunca tinha trabalhado. Idades e histórias muito diferentes, e para mim foi um desafio. Nós fomos nos conhecendo aos poucos e desenvolvendo atividades não só através do teatro, mas através da conversa, troca de ideias. Eles me fazem crescer mais e aprender a cada dia. Poder observar o avanço de cada um, quem era tímido, outros tinham dificuldade na fala, e poder ver como mudaram é muito gratificante. Essa turma me acolheu! - afirmou Gabriella.

Por mês, o CRAS Engenho Pequeno recebe cerca de 200 pessoas em suas oficinas do Serviço de Convivência. Na segunda (manhã e tarde) acontece a oficina de futsal; terça (manhã) ginástica e atividades físicas; quarta (manhã) artesanato ; quinta (manhã) teatro; sexta (manhã e tarde) capoeira. Além da parceria que o CRAS possui com o CIEP 411 e a Escola Estadual Mário Quintana, com atividades com crianças e adolescentes como roda de conversa, palestras e atividades físicas.

A secretária de Desenvolvimento Social, Marta Maria Figueiredo, ressalta que o CRAS é um espaço de cidadania e investir na potencialidade dos espaços, e sobretudo das pessoas, reflete na qualidade de vida de cada um.

- O CRAS é um espaço de referência e socialização. Para além de ser uma porta de entrada para benefícios do Governo Federal, o CRAS é uma espaço de cidadania e acolhimento da população - disse.

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