top of page

Golpe e ditadura: lembrar para que nunca mais se repita

Por Helcio Albano

Enterro do estudante Edson Luís. Foto: Arquivo Nacional/Correio da Manhã
Enterro do estudante Edson Luís. Foto: Arquivo Nacional/Correio da Manhã

Neste domingo (31.3.24) cristãos e judeus celebram, por razões diferentes, a Páscoa. E hoje também rememoramos os 60 anos redondos do golpe militar de 1964.


Além da tomada à força do poder, os milicos também venceram no plano das narrativas, já que o ato infame se daria de fato no 1º de abril, o dia da mentira. Por razões óbvias, criou-se o mito do "movimento revolucionário de 31 de março" que acabou se impondo no imaginário popular. Paciência.


E o que começou como farsa, também terminou como farsa. No contexto de Guerra Fria, o Brasil foi um dos maiores beneficiados do excedente de capitais no Ocidente (EUA à frente) que chegavam ao país através de investimentos diretos das multinacionais ou via empréstimos pra bancar obras pesadas em infraestrutura.


LEIA MAIS

Esse período ficou marcado por forte corrupção que tem Itaipu, a ponte Rio-Niterói e a Transamazônica como os maiores símbolos da roubalheira generalizada em nome do "combate ao comunismo". E quem denunciasse tinha como destino certo o pau-de-arara ou a Ponta da Praia, talkey!?


O país cresceu de modo brutalmente desigual, o que gerou a maior de nossas iniquidades, que é a pornográfica concentração de riqueza, a maior do mundo. O "bolo" do Delfin não foi dividido. E se depender das elites e de seus lacaios, jamais será.


Em 1985, ao fim da longa noite, o país estava endividado e destruído pela inflação. E sua pior herança, o modelo de segurança pública criado pra reprimir e exterminar opositores continua intacto, hoje articulado com as forças do evangelistão que estão à espreita pra dar um novo golpe.


Ódio e nojo!


Entre no nosso grupo de WhatsApp AQUI.

Entre no nosso grupo do Telegram AQUI.

 

Ajude a fortalecer nosso jornalismo independente contribuindo com a campanha 'Sou Daki e Apoio' de financiamento coletivo do Jornal Daki. Clique AQUI.



Helcio Albano é jornalista e editor-chefe do Jornal Daki.

POLÍTICA

KOTIDIANO

CULTURA

TENDÊNCIAS
& DEBATES

telegram cor.png
bottom of page