'Ou ficar a Pátria livre ou morrer pelo Brasil...'
- Jornal Daki
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Por Rofa Rogério Araújo

Essa frase “Ou ficar a Pátria livre ou morrer pelo Brasil” é um trecho do Hino da Independência do Brasil, de Evaristo da Veiga e Dom Pedro I. É um verso que expressa a determinação e o sacrifício em defesa da liberdade e da independência do país.
O contexto foi criado na composição para celebrar a Independência do Brasil de Portugal, proclamada em 1822. O verso reflete o espírito de luta e a decisão de não aceitar a subjugação, mostrando a importância da liberdade e da soberania nacional.
A frase é um símbolo de patriotismo e coragem, transmitindo a ideia de que a liberdade da pátria é um valor tão alto que se justifica o sacrifício da própria vida. É um chamado à ação para defender a nação contra qualquer ameaça à sua independência e soberania.
Mas “lutar pela pátria” deve ser algo sincero a abrangente em sua coletividade e não apenas da boca para fora ou quando satisfaz ao seu próprio interesse ou de um limitado grupo.
O jurista e diplomata Rui Barbosa, deixou uma reflexão que muito nos leva, hoje, à reflexão: “Três âncoras deixou Deus ao homem: o amor à pátria, o amor à liberdade, o amor à verdade. Cara nos é a pátria, a liberdade, mais cara; mas a verdade, mais cara de tudo. Damos a vida pela Pátria. Deixamos a Pátria pela liberdade. Mas à Pátria e à liberdade renunciamos pela verdade. Porque este é o mais santo de todos os amores. Os outros são da terra e do tempo. Este vem do céu e vai à eternidade...”
Amar a Pátria é algo fundamental quando reconhecemos que amamos onde nascemos e nada pode nos levar a fazer algo contrário a ela, em hipótese alguma. Não podemos “idolatrar outro país” que não seja o nosso e nem uns cidadãos em detrimento de outros.
Amor à liberdade é quando podemos ir e vir, mas isso não nos dá o direito de agredir quem pensa diferente, professa uma fé distinta e nem tem outra opção sexual ou difere da raça. Fake News, em última análise não é liberdade de expressão e, sim, um crime da pior espécie que precisa ser punido.
Amor à verdade é algo que ninguém vive sem. Não podemos “viver de mentiras” ou não exercendo o papel de falar a verdade com todos os nossos compatriotas. Ninguém vive o tempo todo na mentira. O Pinóquio que vivia mentindo, teve seu nariz crescendo e não aguentou nem o carregar. Há consequências para tudo nessa vida, ainda mais para a mentira.
Amar o país é querer que todos vivam bem e em harmonia e não buscar desavenças e até mesmo desejar a morte somente porque os irmãos da mesma nação pensam ou agem de modo diferente da gente. Isso é ser um “traidor da pátria” e um inimigo do maior bem que todos precisam ter: um país para chamar de seu. E quantos pelo mundo afora não podem dizer assim, por serem expatriados ou viverem até mesmo clandestinamente em outros?
Amar o país é querer que todos tenham os mesmos direitos à alimentação digna e não passar fome, enquanto um grupo seleto esbanja seus recursos e gasta com coisas fúteis para seu bel prazer. É uma discriminação causada ao longo os anos por diferenças de classes sociais que nunca deveria existir. Muitos que ganham bastante querem ainda mais mesmo causando maior pobreza aos que possuem tão pouco.
“Ou ficar a Pátria livre ou morrer pelo Brasil” é mais que uma frase poética do Hino da Independência ou dita às margens do Ipiranga por Dom Pedro I e, sim, uma atitude que precisa ser real por todos que nutrem um real amor por sua Pátria, Brasil.
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Rofa Araujo é jornalista, escritor (cronista, contista e poeta), mestre em Estudos Literários (UERJ), professor, palestrante, filósofo e teólogo.