É do careca que eles gostam mais, por Helcio Albano
- Jornal Daki

- 17 de jul. de 2019
- 2 min de leitura

Quase na mesma semana, o deputado Cap. Nelson (Avante) e o superintendente da Cedae, Dejorge Patrício (PRB), pré-candidatos à prefeitura de SG, publicaram em suas redes sociais vídeos com o governador Wilson Witzel (PSC) agradecendo pelo reforço do efetivo policial no 7º Batalhão, de uma possível implantação do projeto ‘Presente’ em São Gonçalo e outras propostas focadas em segurança pública, o samba de uma nota só da política fluminense.
Dejorge, que já tem Witzel como chefe, teoricamente está mais perto do principal cabo eleitoral de 2020 no município. Nelson, que dava a entender que não disputaria e que poderia apoiar a reeleição de Nanci (CIDA), parece ter mudado de ideia e busca agora a benção do governador, ideologicamente afinado ao capitão, para concorrer à vaga do Zé, que fica definitivamente isolado na corrida eleitoral.
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Um importante interlocutor político me ligou outro dia e disse: ‘cara, ninguém quer saber do debate sobre São Gonçalo. Quando posto alguma coisa neste sentido, não tem nem 10 curtidas, ninguém comenta. Agora, quando posto algo sobre o governo Bolsonaro, é uma celeuma; e uma celeuma burra que desanima”.
Eu tenho lá algumas teorias pra esse real desinteresse em discutir, fazer algo de propositivo em e para São Gonçalo. O debate público não está interditado apenas na cidade. O fenômeno é geral. Mas por ter problemas aparentemente irresolvíveis, joga-se a toalha e, pior, zomba-se, desvaloriza qualquer iniciativa de transformação valendo-se do que é mais tóxico e mortal para a democracia, que é a criminalização da política.
O desejo da massa, irracional, se impõe ao processo de construção social que é lento, penoso. De modo que mais e mais gente se cansa, mas resistem em coletivos, movimentos e até partidos. A maioria passa longe disso, se acomoda e naturaliza a própria ignorância. Quando não a celebra. São felizes nessa toada enquanto manada. Outros, por sua vez, embora minoria, estão nas rodas culturais e ‘Ocupa Sounds’ da vida, nos #Efeitos, nas RFSs, goudarizando por aí. Sugiro ao meu interlocutor procurar essa rapaziada...

Helcio Albano é jornalista e editor do Jorna Daki.















































































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