Caso Americanas faz ser mister a reestatização da Eletrobrás
Por Helcio Albano
Vejo hoje nos principais portais de notícias do país - vi depois de cavoucar bastante os sites, já que a notícia estava escondida - que o maior escândalo do capitalismo brasileiro protagonizado pela Americanas foi, pela primeira vez, chamado pela grande imprensa de fraude.
Alvíssaras! Não sei se as peripécias do trio da 3G Capital, Lehman, Teles e Sicupira, um dia serão chamadas de roubo, mas se evoluir pra falcatrua já me contento.
O "CEO" da Americanas, essa babaquice americanófila pra quem dirige empresa, entregou ontem (13) na CPI o esquema envolvendo, diretoria, as gigantes de auditoria PwC e KPMG, bancos Itaú e Santander, mas com o cuidado vassalo de proteger o trio bilionário no melhor estilo "eles não sabiam de nada".
O tal CEO, que atende por Leonardo Coelho Pereira, omitiu, porém, que o "SEO" Joaquim, aquele que todo dia abre e fecha a "padaria", neste caso quem acompanhava o dia a dia da Americanas, era o operador do trio, o Sicupira. Não cola.
O que começou como "inconsistência contábil" e agora evolui pra "fraude", na verdade foi roubo generalizado e com método a investidores da Bolsa, bancos e a fundos de investimentos a partir de relatórios forjados de auditoria e de contratos fraudulentos.
Uma capivara de R$ 45 bi pra entrar no fiofó dos brasileiros a título de "alavancagem" da turma. Ser branco e bilionário - não só no Brasil, frise-se - torna o sujeito quase inimputável. "Quase", porque pegaram o Eike (pra quê mesmo?).
E o f*d* é saber que esse mesmo trio de picaretas, com ajuda da mesma PwC, conseguiu controlar a Eletrobrás se utilizando da mesma fraude.
Reestatização pra ontem!
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Helcio Albano é jornalista e editor-chefe do Jornal Daki.
