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Lecinho, concurso na Câmara e reforma administrativa

Por Helcio Albano


Lecinho e Arthur Lira/Fotos: Reprodução
Lecinho e Arthur Lira/Fotos: Reprodução

Hoje farei aqui nesta Coluninha uma dobradinha inusitada com o influencer zap-zap Aloisio Reis.


O ilustre jornalista raiz da Vila de Gonça City revelou nesta manhã (1/9) que o trepidante presidente da Câmara, Lecinho Breda (MDB), abriu licitação pra contratação de mão-de-obra terceirizada de empresa especializada neste serviço. E, enquanto isso, os aprovados no concurso realizado em 2022 sofrem a angústia da espera pra serem empossados como servidores efetivos da casa legislativa.


Bem, o ogro da casa de leis de São Gongon é o político típico do Brasil: de direita, autoritário e patrimonialista. Que tem urticária à impessoalidade e ao profissionalismo que apenas o serviço público pode oferecer. Portanto, rapaziada, é esperar sentado até acabar essa presidência e legislatura. E torcer pra que, na próxima, não tenha tanto vereador reaça eleito. So, sorry!


As vantagens do serviço público ter servidores efetivos concursados com estabilidade garantida são imensas. Sobretudo pros mais pobres. Se não fosse esse tipo especial de trabalhador, jamais saberíamos das muambas do Jair, por exemplo.



Um terceirizado ou nomeado no lugar daquele fiscal da Receita não seguraria a pressão. Sequer apreenderia as joias do ministro. Uma das mais importantes missões do servidor público é zelar de modo perene pela res (coisa) pública.


Ontem, o insaciável Arthur Lira (PP) botou a reforma administrativa na pauta do Congresso com anuência do Haddad em nome do déficit zero em 2024. Será um desastre.


É hora de ir pra rua contra esse descalabro.


Plus

A nova Câmara no lugar onde ela está hoje, no icônico prédio da antiga sede do Fórum da Comarca de São Gonçalo, foi o único lampejo de modernidade na cidade nos últimos anos por obra, graça e centralidade de duas figuras: o vereador e então presidente da casa legislativa Diney Marins (Cidadania) e o ex-vereador Marco Rodrigues.



Bônus

Com apoio fundamental de alguns poucos, mas influentes vereadores, Marins bancou ainda na legislatura 2013-16 a saída da Câmara do prédio da prefeitura, na Feliciano Sodré, 100, pondo fim à situação esdrúxula de décadas do Legislativo Municipal como puxadinho do Executivo.


Foram pelo menos três anos entre tratativas com o governo do estado, TJRJ, obras, até ser finalmente inaugurado em dezembro de 2016 em meio a protestos de servidores que estavam sem receber salários no final da trágica administração Mulim.


O destino vive de pregar peças na gente.


Marins ficou P... da vida, mas não mandou reprimir a manifestação, e até recebeu, em seu gabinete novinho em folha, lideranças do sindicato pra negociar a desocupação do prédio para que pudesse realizar a cerimônia de inauguração da Câmara, que acabou por cumprir o seu papel, mesmo que por linhas tortas... Ou melhor, linhas certas da democracia!



Bônus Track

A partir de 2016, Marco Rodrigues, que não conseguira a reeleição, assumiu o posto de diretor-geral da Câmara, tendo como missão modernizar suas instalações físicas e, principalmente, seu sistema interno de gestão institucional, como a racionalização da tramitação dos despachos legislativos, como projetos de lei, arquivos etc.


Para gerir tudo isso, Rodrigues precisava de gente especializada, só possível através de contratação via concurso públlico, que ocorreria em 2020, ainda com Marins na presidência na Câmara.


Bônus Track-Track

Mas a pandemia adiou o concurso, qua caiu nas mãos de Lecinho. Que só não melou o processo, porque era impossível juridicamente retroceder.


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Helcio Albano é jornalista e editor-chefe do Jornal Daki.




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