Depois de Geremias, Douglas?
- Jornal Daki
- há 1 hora
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Por Helcio Albano
A História (e aqui com H maiúsculo mesmo) é fascinante. Serpenteia sinuosa pelas paredes labirínticas do tempo até nos pregar alguma peça.
O Rio de Janeiro deve eleger até abril um novo governador. Este, de forma indireta, pelos deputados estaduais. Isto porque a conformação política local levou a esse exotismo, previsto no art. 81 da Constituição Federal e no art. 142 da Estadual.
O governador Claudio Castro (PL) já avisou que vem como senador. Quem assumiria seria o seu vice natural, o Thiago Pampolha (MDB). Porém, ele foi nomeado no Tribunal de Contas (TCE) e renunciou ao cargo.
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O vice, agora "postiço", passou a ser o presidente da Alerj, Rodrigo Bacellar (União) que, nós sabemos, está afastado, por medidas cautelares, sob investigação da Polícia Federal suspeito de colaboração criminosa com o CV.
Já o 1º vice na Alerj, Guilherme Delaroli, não faz parte da linha sucessória do governador. Resta, então, o presidente do TJ conduzir o processo eleitoral no prazo estipulado pela Alerj.
Neste cenário, há alguns nomes colocados pra assumir o estado até 31 de dezembro de 2026. Dentre eles, Douglas Ruas (PL), também deputado e chefe da secretaria dos sonhos em qualquer governo: o das Cidades, com grande presença nos municípios do interior, mas principalmente no leste fluminense.
É aqui que a história se assanha.
Douglas, caso eleito pelos seus pares, irá repetir, 60 anos depois, a trajetória de outro gonçalense, Geremias Mattos Fontes, também eleito governador indiretamente em 1966, nesse caso, pelo antigo estado do Rio.
Vendo pelo lado bom, será mais um vascaíno no Guanabara.
Não, pera...
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Helcio Albano é jornalista e editor-chefe do Jornal Daki.
